EUA aplicam sanções contra rede de petróleo russo-iraniana

Na última rodada de sanções dos EUA contra redes de apoio ao terrorismo, os Estados Unidos designaram nove pessoas jurídicas envolvidas em um esquema elaborado visando fornecer petróleo iraniano ao regime de Assad. Isso era feito em troca da mobilização de centenas de milhões de dólares para a Guarda Revolucionária Islâmica-Força Quds, e da transferência subsequente para organizações terroristas como o Hamas e o Hezbollah.

No centro do esquema: Mohammad Amer Alchwiki, proprietário de uma empresa sediada na Rússia que trabalhava com uma subsidiária do Ministério de Energia da Rússia, informou o Departamento do Tesouro em 20 de novembro.

Gráfico mostra as conexões entre o Grupo Global Vision, o Irã, a Rússia, a Síria e grupos terroristas (Depto. de Estado)
(Depto. de Estado)

“Hoje estamos agindo contra um esquema complexo que o Irã e a Rússia têm utilizado para sustentar o regime de Assad e gerar fundos para as atividades malignas iranianas”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em um comunicado.

Os Estados Unidos visaram agressivamente pessoas físicas e jurídicas que apoiam Assad na Síria em razão das “atrocidades contínuas” cometidas pelo regime contra o povo sírio. Os EUA também reinstituíram sanções contra o regime iraniano por seu programa de armas nucleares ilegais e por seu apoio ao terrorismo em todo o mundo.

A empresa russa pertencente a Alchwiki, chamada Grupo Global Vision, facilitou:

  • O transporte de petróleo da Empresa Nacional de Petróleo Iraniano para os portos controlados pelo governo sírio, utilizando embarcações que omitem a informação a respeito de quem a entrega será destinada na Síria.
  • Pagamentos em dólares americanos por parte do Irã a empresas russas em apoio ao regime sírio.
  • A transferência de centenas de milhões de dólares americanos por parte do Irã, com destino a organizações terroristas, incluindo grupos terroristas globais especialmente designados como o Hezbollah e o Hamas.

Secretário Pompeo: A ação de hoje por parte do Departamento do Tesouro, visando o petróleo russo-iraniano destinado a sustentar Assad e financiar o Hezbollah e o Hamas, envia uma mensagem clara: há graves consequências para quem transportar petróleo para a Síria ou tentar escapar das sanções impostas pelos EUA contra as atividades terroristas da República Islâmica. @SecPompeo @USTreasury

Os EUA também emitiram um alerta à comunidade marítima, advertindo as empresas sobre os riscos de enviar petróleo ao governo da Síria. O alerta incluiu uma lista de embarcações conhecidas por terem enviado petróleo à Síria desde 2016.

“Os Estados Unidos estão empenhados em impor um ônus financeiro ao Irã, à Rússia e a outros países por seus esforços visando solidificar o governo autoritário de Assad”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, “além de interromper o financiamento de organizações terroristas por parte do regime iraniano”.

Em outubro, os EUA também aplicaram sanções contra uma fundação de empresas iranianas que canalizavam dinheiro a um grupo paramilitar que treinava crianças-soldados para combater na Síria e em outros países.