Militares atrás de urna (© Mikhail Tereshchenko/TASS/Getty Images)
Uma urna durante votação antecipada nas eleições na região de Donetsk, controlada pela Rússia (© Mikhail Tereshchenko/TASS/Getty Images)

Os Estados Unidos consideraram as eleições de 11 de novembro no leste da Ucrânia, área controlada pela Rússia, uma “farsa” e, com isso, se unem à União Europeia ao expressar sua condenação à ação ilegal.

Os EUA disseram que as eleições foram uma tentativa de Moscou de “institucionalizar seus representantes do Donbass”, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, em 12 de novembro, se referindo às regiões de Donetsk e Luhansk nas províncias orientais da Ucrânia as quais a Rússia controla.

A agressão russa no leste da Ucrânia acarretou a morte de milhares de pessoas e a destruição de milhares de casas, escolas e hospitais desde o início do conflito em 2014.

“Se a Rússia calculou que as ‘eleições’ ilegais de 11 de novembro levariam ao respeito internacional por seus representantes, a reação internacional prova que foi um erro”, disse Heather.

“Essas entidades não têm lugar no âmbito dos acordos de Minsk ou do governo constitucional da Ucrânia, e devem ser desmanteladas junto com as formações armadas ilegais”, disse ela.

Os acordos Minsk, assinados por Rússia, Ucrânia, França e Alemanha, visam reduzir as hostilidades na região. Sob esse pacto, qualquer eleição na Ucrânia deve ser baseada “no Direito da Ucrânia”, bem como monitorada por autoridades internacionais apropriadas e de acordo com os padrões acordados.

“Os Estados Unidos e a União Europeia* falaram com uma só voz contra a violação [de 11 de novembro] da soberania e da integridade territorial da Ucrânia. Continuaremos a impor sanções relacionadas à Ucrânia contra a Rússia até que Moscou implemente totalmente os acordos de Minsk e devolva o controle da Crimeia à Ucrânia”, disse Heather.

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