EUA defendem a liberdade religiosa, um direito universal

Homem segura livro e conduz uma sessão de oração em frente a um grupo de pessoas (© Ebrahim Noroozi/AP Images)
O regime do Irã persegue membros de grupos pertencentes a minorias religiosas, inclusive zoroastristas, vistos aqui praticando sua religião na região sudeste de Teerã em junho de 2014 (© Ebrahim Noroozi/AP Images)

Os Estados Unidos estão empenhados em defender a liberdade religiosa ao redor do mundo, afirmou Antony J. Blinken, secretário de Estado dos EUA.

“A liberdade religiosa, como cada direito humano, é universal”, disse Blinken em 12 de maio, anunciando o lançamento do Relatório sobre Liberdade Religiosa Internacional 2020*. “Todas as pessoas, em todos os lugares, têm o direito [à liberdade religiosa], independentemente de onde moram, de suas crenças ou descrenças.

O Relatório sobre Liberdade Religiosa Internacional oferece uma análise abrangente da situação da liberdade religiosa em cerca de 200 países e territórios. Ele rastreia violações e abusos em relação à liberdade religiosa, bem como ações positivas no âmbito do governo e da sociedade. O relatório também presta informações importantes sobre a política externa dos EUA.

Em seu discurso, Blinken destacou exemplos de ameaças à liberdade religiosa ao redor do mundo.

Pessoas que moram em 56 países — a maioria da população mundial — enfrentam altas ou severas restrições à liberdade religiosa, segundo o Centro de Pesquisa Pew.

Antony Blinken em tribuna discursando para jornalistas com máscaras e mantendo distanciamento social em sala de imprensa (Depto. de Estado/Freddie Everett)
O secretário de Estado, Antony J. Blinken, em 12 de maio, divulgou o Relatório sobre Liberdade Religiosa Internacional, que rastreia violações da liberdade religiosa em todo o mundo (Depto. de Estado/Freddie Everett)

Blinken observou que os líderes do golpe militar ocorrido em 1 de fevereiro na Birmânia (atual Mianmar) estão entre os responsáveis por atrocidades contra os rohingyas, a maioria dos quais é muçulmana.

Ele também chamou atenção para outros governos que violam a liberdade religiosa, observando que:

  • Líderes do Irã perseguem judeus, cristãos, bahá’ís e zoroastristas, bem como muçulmanos sunitas e sufistas.
  • A Rússia persegue Testemunhas de Jeová e muçulmanos sob o pretexto de combater o extremismo.
  • A Arábia Saudita não tem igreja cristã, embora mais de um milhão de cristãos vivam no reino.
  • A República Popular da China (RPC) criminaliza a expressão religiosa e comete crimes contra a humanidade e genocídio contra muçulmanos uigures e membros de outros grupos pertencentes a minorias étnicas e religiosas.

Durante seu discurso, Blinken também anunciou restrições de vistos para Yu Hui, autoridade da RPC de Chengdu, por graves violações dos direitos humanos. Como ex-diretor do escritório do denominado “Grupo de Liderança Central para Prevenir e Lidar com Religiões Heréticas”, Yu Hui participou da detenção arbitrária de praticantes do Falun Gong por suas crenças espirituais.

Em março, os Estados Unidos e seus parceiros internacionais aplicaram sanções a duas autoridades que põem em prática as políticas repressivas de Pequim contra muçulmanos uigures e membros de outros grupos étnicos e religiosos em Xinjiang.

“Continuaremos a trabalhar estreitamente com organizações da sociedade civil, incluindo comunidades religiosas e defensores dos direitos humanos, a fim de combater todas as formas de ódio e discriminação por motivos religiosos em todo o mundo, afirmou Blinken.

* site em inglês