O Museu Metropolitano de Nova York — conhecido como Met — devolveu um item valioso de sua coleção de antiguidades egípcias após descobrir que a peça era, na verdade, um artefato roubado.
O item saqueado, um sarcófago de ouro que já possuiu os restos mortais de um sacerdote de alto hierarquia chamado Nedjemankh, tem uma idade estimada de aproximadamente 2.100 anos. Agora, ele foi devolvido ao Egito, após uma recente cerimônia de repatriamento em Nova York que contou com a presença do ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Hassan Shoukry, e de autoridades dos EUA.
“Os nova-iorquinos valorizam muito o patrimônio cultural, e nosso escritório se orgulha de nosso trabalho para protegê-lo vigorosamente”, afirmou Cyrus Vance Jr., procurador do Distrito de Manhattan, através de uma declaração. “A devolução de tesouros culturais roubados para seus países de origem está no cerne de nossa missão que visa impedir o tráfico de antiguidades roubadas.”
Peter C. Fitzhugh, agente especial encarregado de Investigações de Segurança Interna em Nova York, citou “uma tremenda colaboração” entre seu escritório, o promotor do Distrito de Manhattan e parcerias globais com o objetivo de recuperar o sarcófago roubado e devolvê-lo ao povo do Egito. Os EUA trabalharam em parceria com agentes de aplicação da lei de Egito, Alemanha e França.

O sarcófago — produzido no Egito entre 150 e 50 a.E.C. — foi roubado da região de Minya no Egito após a Revolução Egípcia em outubro de 2011 e contrabandeado para fora do país, disseram autoridades dos EUA.
Os promotores de Nova York disseram que um marchand deu às autoridades incautas do Met um conjunto de documentos forjados para fazer a venda parecer legítima. Uma vez confrontado com provas do roubo, o Met cooperou totalmente com o escritório do promotor público. O sarcófago, avaliado em US$ 4 milhões, está agora em exibição pública no Egito.
Autoridades americanas e egípcias assinaram um acordo em 2016 — conhecido como Memorando de Entendimento, ou MdE — sinalizando uma estreita cooperação entre o Egito e os Estados Unidos na apreensão e no repatriamento de propriedades culturais egípcias exportadas ilegalmente. Atualmente, os EUA também possuem acordos semelhantes com outros 20 países.