EUA e Argélia combatem o tráfico de bens do patrimônio cultural

Portão de entrada e colunas de pedra antigos (Foto: DeAgostini/Getty Images)
Entrada da antiga cidade romana de Djemila (Lista do Patrimônio Mundial da Unesco), Argélia (Foto: DeAgostini/Getty Images)

Atualmente, os EUA estão impondo novas restrições à importação de material arqueológico da Argélia, cuja data remonta a antes de 1750 E.C. Dentre eles, há objetos de sete sites do Patrimônio Mundial localizados na Argélia, incluindo Tipasa, Timgad e Djémila.

As restrições fazem parte de um Memorando de Entendimento assinado em 15 de agosto por Estados Unidos e Argélia, formalizando a cooperação de longa data entre os dois países em favor da preservação do patrimônio cultural argelino.

As ruínas espetaculares do país têm atraído saqueadores que se apoderam de objetos inestimáveis ​​visando o lucrativo mercado internacional de antiguidades.

Assistência contínua

Desde 2001, a Embaixada dos EUA em Argel apoia a preservação do patrimônio argelino através de dez subvenções distintas do Fundo de Embaixadores para a Preservação Cultural, totalizando US$ 436.727. Essas doações têm auxiliado a restauração de edifícios históricos, a conservação de manuscritos e acervos de museus, e a preservação de sítios arqueológicos.

Tuíte:
Centro para o Patrimônio Cultural do Departamento de Estado: Por meio do acordo de propriedade cultural, os EUA e a Argélia concordam em combater o tráfico de bens culturais, proteger sítios arqueológicos e incentivar a cooperação. Saiba mais aqui: https://www.state.gov/united-states-and-algeria-sign-cultural-property-agreement/ … #culturalproperty @HeritageAtState

Em janeiro de 2008, a agência de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) devolveu um busto de mármore do imperador romano Marco Aurélio ao embaixador argelino em uma cerimônia em Washington. A escultura havia sido furtada durante o roubo a um museu argelino na cidade de Skikda, ocorrido em 1996.

A ICE apreendeu a escultura da casa de leilão Christie’s em Nova York, onde havia sido colocada à venda. A peça foi descoberta pela Interpol quando ficou disponível no mercado internacional de antiguidades culturais.

Os especialistas da ICE trabalharam com acadêmicos argelinos para verificar a identidade da estátua e notificaram a casa de leilões de que a peça estava sujeita a confisco. A apreensão não foi contestada.

Mais recentemente, em março de 2019, especialistas do Bureau Federal de Investigação dos EUA (FBI) realizaram um workshop em Argel sobre a investigação e o processamento de roubo e venda ilícita de antiguidades. Dentre os participantes, havia investigadores, promotores e curadores dos Ministérios de Cultura e Justiça da Argélia.

Os Estados Unidos se dedicam a proteger e preservar o patrimônio cultural em todo o mundo.