Os Estados Unidos manterão as sanções contra a Rússia, e a União Europeia (UE) deverá fazer o mesmo, de acordo com Daniel Fried, coordenador para Políticas de Sanções do Departamento de Estado dos EUA.
Os líderes da UE realizarão discussões no final de junho para decidir se estendem as sanções que expiram em julho. Em entrevista recente ao jornal alemão Die Welt, Federica Mogherini, chefe de Política Externa da UE, disse que espera que as sanções sejam renovadas* porque, até agora, a implementação plena dos acordos de Minsk “não foi alcançada”.
Os Estados Unidos e a Europa impuseram sanções contra a Rússia em 2014, em resposta à sua ocupação da Crimeia e incursões no leste da Ucrânia. As ações da Rússia resultaram na morte de 9.300 pessoas* e deslocaram outras 1,3 milhão* de pessoas.
Durante um discurso no Conselho do Atlântico em Washington em 23 de março, Fried disse que as sanções — que incluem a proibição de viajar para autoridades, colaboradores e separatistas russos; proibição de importação e exportação de mercadorias, serviços e tecnologia advinda da Crimeia ou destinada à região; restrições econômicas que incidem sobre bancos, empresas dos setores de energia e de defesa da Rússia — têm “impedido que as coisas se tornem muito, mas muito pior” na Ucrânia.
Fried afirmou que as sanções contra a Rússia atenuam o apoio deste país aos separatistas que lutam no leste da Ucrânia e mantêm Moscou engajada no processo de paz de Minsk. O ato de manter a pressão sobre a Rússia dará à Ucrânia espaço para respirar a fim de realizar reformas políticas e econômicas, disse ele.
Fried disse que os Estados Unidos aguardam com expectativa a redução gradual das sanções*, assim que a Rússia implementar integralmente seus compromissos mediante os acordos de Minsk.
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* site em inglês