EUA e UE concordam sobre Ucrânia, terrorismo e mudanças climáticas

O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, mostra à chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, uma foto deles viajando juntos para a Conferência de Londres sobre o Afeganistão em dezembro de 2014 (Departamento de Estado)

A Ucrânia foi o principal tema da pauta da reunião de 21 de janeiro entre importantes diplomatas dos Estados Unidos e da União Europeia.

“Hoje, analisamos a situação alarmante na Ucrânia, onde continuamos pressionando a Rússia para seguir o Acordo de Minsk que eles assinaram, negociaram, disseram que iriam manter e que é fundamental para que possamos restaurar a soberania plena e a calma e a estabilidade necessárias para uma transformação”, disse o secretário de Estado John Kerry em uma entrevista coletiva com a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini.

“Qualquer tipo de decisão sobre as sanções vai se basear apenas na plena implantação do Acordo de Minsk”, disse Frederica Mogherini. “E agora cabe aos russos cumprir com seus próprios compromissos.”

Kerry conclamou todos os lados do conflito a pôr fim à luta, implantar o Acordo de Minsk e cessar as tentativas de uma “flagrante grilagem”.

Membros da Comunidade Franco-americano de Los Angeles seguram cartazes com os dizeres “I’m Charlie” e “Je Suis Charlie” em uma reunião em solidariedade pelos mortos no ataque contra o semanário Charlie Hebdo, em 7 de Janeiro (© AP Images)

Os esforços de luta contra o terrorismo, especialmente à luz dos recentes ataques em Paris, também figuraram proeminentemente em suas discussões.

“Os terroristas querem nos manter separados, mas, na verdade, suas ações tiveram o efeito oposto: elas estão nos unindo”, disse Kerry.

Os diplomatas também concordaram que os Estados Unidos e a União Europeia continuariam a trabalhar juntos para reagir ao desafio urgente das mudanças climáticas.

Kerry disse que está “muito satisfeito com o fato de que a UE e os Estados Unidos estão cada vez mais alinhados na pressão para obter comprometimento significativo por parte dos Estados-membros antes da cúpula de dezembro em Paris”.

Os Estados Unidos e a UE estão mais estreitamente alinhados do que nunca sobre a questão, disse a chefe da diplomacia da UE, acrescentando que acredita que “em dezembro, em Paris, nós podemos conseguir um resultado histórico, no que tange a mudança climática.”