
Na Suíça, em exibição na sede do Grupo Kudelski, empresa inovadora de tecnologia, há um Oscar que o grupo ganhou em 1965 por um avanço na gravação do som em filmes.
Quando procurava um lugar para abrir sua segunda sede, o Grupo Kudelski fez o que os executivos disseram ser uma escolha óbvia: os Estados Unidos.
A razão disso não é apenas o fato de os Estados Unidos serem o maior mercado para sistemas de segurança digital e outras tecnologias. É também porque os EUA abrigam muitos dos líderes tecnológicos do mundo, afirmou Mark Beariault, conselheiro-geral do grupo.
Por estar localizada em Phoenix, a empresa também se beneficia do SelectUSA, programa do Departamento de Comércio dos EUA que ajuda as empresas a encontrar um local para se instalar nos Estados Unidos. “Não se obtém essa assistência em todas as regiões do mundo”, disse Beariault.
O secretário de Comércio, Wilbur Ross, acolherá investidores mundiais entre 18 e 20 de junho durante a Cúpula de Investimento SelectUSA, onde líderes governamentais e empresariais vão compartilhar conhecimento e ajudar a conectar investidores com centenas de organizações de desenvolvimento econômico em todos os EUA.
Desde seu início em 2013, SelectUSA já facilitou mais de US$ 23 bilhões em investimentos, criando ou preservando dezenas de milhares de postos de trabalho nos EUA.
Kudelski, cuja sede está localizada em Cheseaux-sur-Lausanne, Suíça, e possui escritórios em todo o mundo, recentemente realocou 40 funcionários para Phoenix e se comprometeu a contratar 300 outros em um período de três anos.

Kudelski ajuda os clientes a proteger e gerenciar produtos digitais, incluindo vídeos. O grupo foi pioneiro na utilização de equipamentos de gravação em áudio que acabaram sendo adotados pela indústria cinematográfica e televisiva nas décadas de 1950 e 1960. Isso lhes rendeu um Prêmio Emmy e, como mencionado anteriormente, um Oscar em uma categoria técnica.
Decisão benéfica para as duas partes
“Nossa empresa está se transformando”, disse Beariault. “Essa é uma das razões pelas quais temos investido fortemente nos Estados Unidos. (…) Um grande número de ecossistemas tecnológicos em torno da entrega e do consumo de mídia estão aqui.”
“Este é o nosso maior mercado. (…) Você não consegue entender seus clientes e os clientes de seus clientes a menos que esteja presente nas comunidades em que eles prestam serviço.”
Outra atração é que o sistema jurídico americano “confere grande proteção aos direitos de propriedade intelectual. Ele reconhece que esses são ativos essenciais para empresas”, disse ele. Também, “acreditamos que a força de trabalho americana é uma das mais bem treinadas do mundo (…) [com] algumas das melhores instituições de ensino superior”.
Beariault, que, no início de sua carreira jurídica ajudou empresas start-up em São Francisco e no Vale do Silício a superar obstáculos regulatórios e de conformidade, afirmou que lidar com a SelectUSA “abriu seus olhos (…) e foi uma experiência revigorante que me permitiu constatar como as empresas e o setor público podem trabalhar juntos”.
Para empresas estrangeiras que pensam em realizar investimentos nos EUA, o conselho de Beariault é fazer da SelectUSA “uma de suas primeiras paradas. Eles vão oferecer uma grande quantidade de informações e conectá-lo com agências governamentais [regionais] e locais. É uma rede instantânea.”
“Como uma empresa global, é uma satisfação para nós ver que os EUA estão abertos para negócios”, afirmou.
A Cúpula SelectUSA 2017*, a se realizar de 18 a 20 de junho em um centro de convenções de Maryland do outro lado do Rio Potomac para quem vem de Washington, ajudará investidores a fazer conexões e empresários a encontrar oportunidades de expansão por todos os EUA.
* site em inglês