
Os Estados Unidos estão trabalhando com líderes em toda a África para promover prosperidade econômica, ação climática e democracia, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, durante sua primeira viagem virtual ao continente em 27 de abril.
Iniciativa Jovens Líderes Africanos
A primeira parada na viagem virtual de Blinken foi uma mesa redonda com líderes que foram ex-alunos da Iniciativa Jovens Líderes Africanos (Yali), esforço dos Estados Unidos para investir na próxima geração de líderes africanos.
“Eu vi de perto o incrível poder da diplomacia e do intercâmbio culturais”, disse ele. “É vital para o avanço da democracia e da mudança social.”
Desde 2010, quase 4.400 ex-alunos se formaram no programa de intercâmbio Bolsa de Estudos Washington da Yali e mais de 20 mil em seus quatro Centros de Liderança Regional (RLCs) localizados em todo o continente. A comunidade on-line da Rede Yali também conta com mais de 700 mil membros.
Blinken ouviu dez desses jovens líderes em todo o continente, que fizeram perguntas sobre o compromisso dos Estados Unidos com a região, o sucesso da Yali, o futuro da democracia, o comércio com a China e a liberdade de informação nas redes sociais.
“O que cada um de vocês está fazendo em sua vida é liderança”, concluiu Blinken. “Isso me dá uma enorme confiança no futuro.”
Nigéria
Blinken se reuniu em seguida com o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, e o ministro das Relações Exteriores, Geoffrey Onyeama. Os líderes discutiram a diversificação econômica e comercial, as mudanças climáticas, os desafios da Covid-19 e a democracia na região.
A relação entre EUA e Nigéria “tem sido forte há 60 anos”, afirmou Blinken ao presidente Buhari, “e estou honrado por ter a oportunidade de trabalhar com você e sua equipe na construção dessa base, e traçar uma visão compartilhada, a fim de orientar nossa parceria estratégica para os próximos anos”.
Em um evento da Parceria de Saúde EUA-Nigéria após essa reunião, Blinken enfatizou o compromisso dos Estados Unidos de apoiar os cuidados de saúde à Nigéria por meio do Plano de Emergência do Presidente dos EUA para Combate à Aids (Pepfar) e da assistência contínua voltada para casos de Covid-19 nos Estados Unidos.
O secretário disse que a saúde de todos os nigerianos é vital para um futuro de sucesso para ambos os países. Até 21 de abril, a Nigéria havia vacinado 1,4 milhão de seus cidadãos por meio do Instrumento de Acesso Global de Vacinas contra a Covid-19 (Covax), que os Estados Unidos lideram em financiamento. Desde 2003, os EUA doaram US$ 6 bilhões por meio do Pepfar na Nigéria.
Quênia
Durante a etapa de sua jornada virtual no Quênia, o secretário se encontrou com o presidente, Uhuru Kenyatta, e a secretária de Gabinete de Relações Exteriores do Quênia, embaixadora Raychelle Omamo, para falar sobre a relação bilateral dos dois países.
Eles discutiram o compromisso de ambos os países com a democracia, direitos humanos, igualdade de gênero, mudanças climáticas e saúde pública — especialmente em relação à recuperação da Covid-19.
“Creio que os dois países veem desafios, mas também oportunidades para, como o presidente Biden coloca, nos recuperar melhor da pandemia”, disse Blinken.
Blinken também se reuniu com líderes do setor privado de energia limpa visando discutir projetos solares e eólicos no Quênia.
Mais de 90% da eletricidade do Quênia vem de projetos hidrelétricos, solares e eólicos que têm sido apoiados pelo setor privado dos EUA em coordenação com o governo queniano.
Essas iniciativas de energia são “muito boas para o povo queniano e para a economia do Quênia”, disse Blinken. “Também são boas para o planeta. E então creio que há algo muito poderoso acontecendo.”
Este artigo foi publicado originalmente em 30 de abril.