Cientistas dos EUA estão muito perto de desenvolver uma vacina para manter o mundo protegido da Covid-19.
Várias parcerias americanas estão realizando testes de vacinas em humanos — um importante passo que visa mostrar que a imunização é segura e eficaz. Outras estão tentando encontrar novas maneiras de administrar e disponibilizar uma vacina quando estiver pronta.
Cientistas de empresas e universidades americanas têm conseguido realizar em poucas semanas seus trabalhos de pesquisa que geralmente levam meses ou anos para serem concluídos. O esforço recebeu um incentivo quando o presidente Trump sancionou em lei US$ 8,3 bilhões em fundos federais para o combate à Covid-19.
O dinheiro está ajudando agências federais como os Institutos Nacionais de Saúde, a Agência de Controle de Alimentos e Medicamentos e seus parceiros do setor privado a produzir rapidamente vacinas e novas terapias.
A seguir, alguns dos esforços dos EUA para disponibilizar uma vacina contra a Covid-19 ao público dentro de 12 a 18 meses.
Começo de testes em humanos

Desde março, pesquisadores de duas empresas americanas têm se dedicado à fase de testes em humanos com possíveis vacinas para a Covid-19:
- Moderna Therapeutics, empresa de biotecnologia de Cambridge, Massachusetts, em colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde.
- Inovio Pharmaceuticals, biofarmacêutica de Plymouth Meeting, Pensilvânia, trabalhando juntamente com a Fundação Bill e Melinda Gates.
As duas empresas começaram a trabalhar em vacinas assim que a sequência genética do vírus foi publicada on-line em janeiro.
Essa fase de testes envolve administrar a vacina em até cem adultos saudáveis e monitorá-los de perto para o surgimento de efeitos colaterais.
Desenvolver essa vacina tão rapidamente é um “grande marco”, disse Ami Shah Brown, vice-presidente sênior de Assuntos Regulatórios, em declaração.
Inventando novos métodos de vacinação

Cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh desenvolveram uma vacina em potencial* para a Covid-19 e um novo método para administrar a vacina. Em vez de receber uma injeção, os pacientes pressionavam contra a pele um emplastro do tamanho da ponta do dedo de uma pessoa. O emplastro possui 400 agulhas minúsculas que administram a vacina no corpo.
“A sensação [na pele] lembra o velcro”, afirmou em declaração o chefe de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh, Louis Falo, que trabalhou no projeto.
A equipe de pesquisa disse em 2 de abril que espera obter a aprovação da FDA para começar a testar o emplastro e a vacina em humanos nos próximos meses.
Investindo em acesso
A Johnson & Johnson, sediada em New Brunswick, Nova Jersey, também está pesquisando uma vacina e disse que espera começar a testá-la em humanos no máximo no quarto trimestre deste ano.
Mas a empresa também anunciou que está aumentando sua capacidade de manufatura com o objetivo de poder produzir mais de um bilhão de doses de uma vacina para a Covid-19.
“O mundo está enfrentando uma crise de saúde pública urgente”, disse Alex Gorsky, presidente e executivo-chefe da Johnson & Johnson. “Estamos empenhados em fazer nossa parte para que uma vacina para a Covid-19 esteja disponível e acessível mundialmente.”
* site em inglês