Há cem anos, a Revolução de Outubro, também conhecida como Revolução Bolchevique ou Revolução Vermelha, ocorrida na Rússia, criou o primeiro país comunista do mundo. Muitos outros seguiram o exemplo, tratando pessoas como ferramentas para exibir sociedades “utópicas”. Nesse processo, mais de 100 milhões de pessoas inocentes morreram ao longo dos anos. Os Estados Unidos marcaram o aniversário da Revolução Comunista declarando, neste mês, o Dia Nacional das Vítimas do Comunismo.

“Nós recordamos aqueles que morreram e todos os que continuam a sofrer sob o jugo comunista. Em sua memória (…) nossa nação reafirma sua firme determinação de fazer brilhar a luz da liberdade para todos os que anseiam por um futuro mais brilhante e mais livre”, afirmou o presidente Trump em uma declaração.

Em novembro de 1917, os bolcheviques, facção minoritária liderada por Vladimir Lênin, depuseram o governo mais moderado que havia posto fim a séculos de domínio imperial russo, derrubando o czar Nicolau II da Rússia. Em 1922, após uma guerra civil, os bolcheviques criaram uma nova nação, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Homens, mulheres e crianças em roupas rudimentares marchando em grupo, segurando implementos agrícolas e banner (© Bettmann/Getty)
Coletivo de agricultores marcha rumo aos campos em uma cidade russa em 1931 (© Bettmann/Getty)

Desde o início, na nova União Soviética, a polícia secreta implementou uma campanha de execuções em massa contra a oposição enquanto procurava reprimir a independência e impedir que a sociedade se dividisse em diferentes classes. Os assassinatos continuaram sob a liderança de Joseph Stálin, que substituiu Lênin como líder soviético. Ele executou centenas de milhares de agricultores e nacionalizou suas propriedades a fim de criar fazendas estatais. Outros milhões de cidadãos morreram durante uma fome projetada por Stálin para impor às pessoas um comportamento submisso.

A polícia secreta de Stálin matou cidadãos e seus potenciais rivais políticos, resultando em mais de 600 mil assassinatos. Stálin também deportou ou aprisionou milhões de pessoas em campos de trabalho forçado chamados de gulags.

A disseminação do comunismo

Após a Revolução de Outubro, estabeleceram-se regimes mais comunistas em China, Camboja, Cuba, Laos, Coreia do Norte e Vietnã. Muitas nações europeias liberadas do governo nazista pelo Exército Vermelho na Segunda Guerra Mundial foram forçadas a adotar um regime comunista.

Ao longo do século passado, os cidadãos dos países comunistas foram submetidos a deportações em massa, a campos de trabalho forçado, ao terror perpetrado pelo Estado policial e à fome, já que os regimes restringiram as liberdades e reprimiram a individualidade.

 Grande pilha de ossos com crânio com os olhos vendados no topo (© Alex Bowie/Getty Images)
Restos escavados dos campos de matança fora de Phnom Penh, onde cambojanos foram executados pelo Khmer Vermelho e enterrados em fossas comuns (© Alex Bowie/Getty Images)

“Esses movimentos, sob a falsa pretensão de libertação, tiraram sistematicamente de pessoas inocentes os direitos concedidos por Deus de liberdade de cultuar uma religião, liberdade de associação e inúmeros outros direitos que consideramos sacrossantos”, declarou Trump em um comunicado declarando 7 de novembro como o Dia Nacional das Vítimas do Comunismo.

“Cidadãos ansiosos por liberdade foram subjugados pelo Estado através do uso de coerção, violência e medo”, disse ele.

Soldados e outras pessoas em pé ao redor de abertura em muro de concreto (© AP Images)
PH4 Guardas de fronteira da Alemanha Oriental olham através de um buraco no Muro de Berlim depois que manifestantes derrubaram um de seus segmentos no Portão de Brandenburgo em 1989 (© AP Images)

A Fundação Memorial das Vítimas do Comunismo recentemente apresentou uma Medalha Truman-Reagan da Liberdade, homenagem aos ex-presidentes dos Estados Unidos Harry Truman e Ronald Reagan. O prêmio anual homenageia indivíduos e instituições que promovem a liberdade e a democracia e que continuam a combater o comunismo e outras formas de tirania.

“Felizmente, nesta noite também podemos comemorar que, em 1989, a Cortina de Ferro foi derrubada e centenas de milhões de pessoas — nações inteiras — foram libertadas”, disse Marion Smith, diretor-executivo da fundação, referindo-se à barreira entre o Ocidente e os países comunistas da Europa Central e Oriental. “Os americanos e outros povos do mundo livre podem se orgulhar de que nossos países tenham desempenhado um papel indispensável para enfrentar, conter e posteriormente reverter o imperialismo comunista.”

Este artigo foi escrito pela redatora freelance Lenore T. Adkins.