Os artistas enriquecem e moldam a vida cultural nos Estados Unidos. Recentemente, o país homenageou cinco talentos extraordinários por sua criatividade e influência. O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, estava lá para erguer um brinde a eles.
“A expressão artística representa talvez a forma mais elevada de liberdade de expressão — as palavras e as mensagens transmitidas através da música, através da dança, do conteúdo do filme, da televisão, a fim de refletir a sociedade livre que somos, mesmo com nossas muitas falhas”, disse Tillerson durante um jantar e uma cerimônia de premiação no Departamento de Estado dos EUA, em 2 de dezembro, para o 40º Prêmio do Centro Kennedy. (Executivos do Centro de Artes Performáticas John F. Kennedy, em Washington, escolhem os artistas homenageados de cada ano).
A expressão artística, disse Tillerson, “supera nossas divergências, celebra nossa diversidade e nos aproxima cada vez mais como pessoas livres. Lamentavelmente, em grande parte deste mundo de hoje, tais condições não existem. Regimes que são intolerantes à expressão artística são intolerantes à própria liberdade”.
Os homenageados do Prêmio Centro Kennedy 2017 representam os mundos da dança, da televisão e da música (rhythm and blues, pop latino e hip-hop). Saiba mais sobre seus talentos excepcionais:

A cantora e compositora cubano-americana Gloria Estefan nasceu em Havana, mas seus pais fugiram de Cuba logo após a revolução de Castro. Seu pai posteriormente se juntou ao Exército dos EUA. A banda de Gloria, a Miami Sound Machine, teve sucesso na América Latina antes de ganhar notoriedade nos Estados Unidos. Em meados da década de 1980, Gloria e seu grupo estavam criando músicas de sucesso como “Words Get in the Way”, “Anything for You” e “Conga!” Gloria ganhou sete Prêmios Grammy, bem como uma Medalha Presidencial da Liberdade.

A dançarina e coreógrafa Carmen de Lavallade, filha de pais crioulos de Nova Orleans, começou a estudar dança em um momento em que a maioria dos negros americanos foram excluídos dessa área. Ela se destacou não somente no balé, mas também na dança moderna. Sua carreira ilustre inclui a dança. Ela foi primeira bailarina no Metropolitan Opera de Nova York e atuou em trabalhos inovadores de autoria do coreógrafo Alvin Ailey, seu colaborador frequente. Ela exerceu uma influência semelhante em gerações de dançarinos e atores como professora de movimento na Escola de Teatro de Yale.

Contra o desejo de seus pais, Lionel Richie abandonou a escola quando era jovem a fim de seguir a carreira de músico. Primeiramente com o grupo The Commodores e posteriormente como artista solo, Richie gravou uma série de sucessos — incluindo “Three Times a Lady”, “Brick House” e “Hello” — que o colocou no escalão mais alto dos artistas de gravadoras. Em 1985, ele foi coautor de “We Are the World”, que arrecadou US$ 60 milhões para ajuda humanitária na África. Ao longo de sua carreira, ele vendeu 100 milhões de álbuns.

O escritor e produtor de televisão Norman Lear levou um tipo de comédia muito diferente para a televisão americana na década de 1970 — uma que incorporou questões sociais como a igualdade de direitos para mulheres, relações raciais e desigualdades econômicas. Seriados como All in the Family, One Day at a Time, The Jeffersons e outros permitem que os americanos olhem para o mundo com honestidade e simpatia com muitas risadas em meio a tudo isso.

O artista americano de hip hop LL Cool J cresceu no distrito de Queens, em Nova York, como James Todd Smith. Como LL Cool J (abreviação de Ladies Love Cool James, ou as mulheres amam o James legal, em tradução livre), ele teve seu primeiro hit single aos 16 anos de idade. Seu álbum de estreia de 1985 Radio ajudou a integrar o hip-hop na cultura musical de massa, e ele foi um dos primeiros artistas de rap em solo de sucesso. Em 1987, sua música “I Need Love” (Preciso de Amor) foi uma das primeiras músicas de hip-hop a fazer sucesso no mercado internacional.
“Cada um dos homenageados deste ano ficou conhecido e amado pelo mundo por causa de sua total originalidade e gênio arrojado”, disse Deborah F. Rutter, presidente do Centro de Artes Performáticas John F. Kennedy. “Eles são criadores da mais alta ordem e, como memorial vivo do presidente Kennedy, o Centro Kennedy se orgulha de iluminar suas ilimitadas ‘contribuições para o espírito humano’.”
Os artistas de Nova York, Hollywood e das capitais das artes do mundo saudaram os homenageados de 2017 em 3 de dezembro através de apresentações e homenagens na Casa de Ópera do Centro Kennedy.