
Quando uma empresa holandesa sondou os Estados Unidos em busca de locais para construir instalações ultramodernas visando armazenar alimentos a temperaturas abaixo de zero, encontrou recepções muito calorosas desde gabinetes de governadores a inspetores municipais que emitem alvarás de construção.
“As pessoas realmente abraçaram a oportunidade de trabalhar conosco”, diz Jonas Swarttouw, gerente de Operações nos EUA da NewCold Advanced Cold Logistics da Holanda, que tem um depósito para armazenamento no valor de US$ 90 milhões operando em Tacoma, Washington, e um segundo programado para Burley, Idaho.
A NewCold usa robôs para armazenar e recuperar rapidamente dezenas de milhares de paletes, mas também contratou mais de 50 motoristas de empilhadeiras, mecânicos e outros profissionais.
“O que nos trouxe até aqui é a escala do mercado americano e a quantidade de oportunidades (…) não apenas para uma instalação, mas potencialmente para outras dezenas”, disse Swarttouw na Cúpula de Investimento da SelectUSA, onde o governador de Idaho, C.L. “Butch” Otter, se juntou a ele para anunciar o local em que será instalada a primeira filial da NewCold.
Otter fazia parte do grupo formado por nove governadores de estado, o governador de Porto Rico e cinco membros do secretariado do presidente Trump, que discursaram para 3 mil participantes da cúpula, incluindo 1.200 representantes de empresas e investidores estrangeiros, na cúpula patrocinada pelo Departamento de Comércio dos EUA. O evento foi realizado de 20 a 22 de junho em Washington.
Agências de desenvolvimento econômico de todos os estados e de muitas cidades também estavam presentes no local a fim de atrair novos investidores.
Gov Rossello invites investment in Puerto Rico for quality human resources, industry, incentives #SelectUSASummit i pic.twitter.com/zZvYR1ib3u
— StateBook (@StateBook) June 22, 2018
StateBook: O governador Rossello atrai investimentos a Porto Rico para as áreas de recursos humanos de qualidade, indústria, incentivos #SelectUSASummit @StateBook
A atenção e o cortejo, ambos de alto nível, refletem o quanto os Estados Unidos, já líderes mundiais em atrair investimentos estrangeiros diretos, estão ansiosos para atrair mais.
Otter, ex-presidente da empresa J.R. Simplot Company, produtora internacional de alimentos, é um ávido garoto-propaganda. “Em Idaho, nos movemos na velocidade dos negócios”, diz ele. “Há empresas de todo o mundo vindo até mim.”
Nos Estados Unidos, acrescenta, as empresas podem se inserir em um mercado “mais barato e mais rápido (…) do que em qualquer outro lugar”.
O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, anunciou US$ 600 milhões em negócios que vão criar 650 empregos. Ele disse que desde a primeira cúpula em 2013, os participantes investiram quase US$ 93 bilhões e criaram 140 mil empregos.
No conjunto, afiliadas norte-americanas de empresas estrangeiras empregam 6,8 milhões de pessoas.
Com a economia forte e os impostos corporativos reduzidos, “nunca houve um melhor momento para investir e expandir seus negócios nos EUA”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
“O presidente da Infosys, Ravi Kumar, anuncia a expansão de um centro de treinamento em Indianápolis, o primeiro dos quatro polos que eventualmente empregarão 10 mil pessoas”.
Ravi Kumar, presidente da Infosys, empresa global de consultoria em tecnologia sediada na Índia, disse que sua empresa está criando 10 mil empregos nos EUA à medida que busca se aproximar de seus clientes. “Precisamos trabalhar ao lado deles a fim de criar e inovar novamente”, disse ele.

O ABB Group, grupo multinacional suíço, enviou os primeiros robôs industriais de sua nova fábrica em Auburn Hills, Michigan, no ano passado. O executivo-chefe Ulrich Spiesshofer elogiou a rapidez com que as autoridades aceleraram o projeto visando sua conclusão.
“Não teria sido possível sem a colaboração do governador”, disse ele. “Agora temos uma fábrica próspera, já empregando 1.500 funcionários, e vamos empregar muitos, muitos mais daqui para frente.”
A Foxconn, fabricante de eletrônicos de Taiwan, está investindo US$ 10 bilhões em uma fábrica em um subúrbio de Racine, Wisconsin, que deverá contratar 13 mil pessoas. Durante a cerimônia de lançamento realizada em 28 de junho, o presidente Trump disse: “Como a Foxconn descobriu, não há lugar melhor para construir, contratar e expandir do que aqui nos Estados Unidos.”