
O presidente Trump retirou os EUA do acordo nuclear com o Irã em maio e declarou que os EUA reimporiam sanções contra o Irã após um período de 180 dias para encerrarem as atividades. Em 7 de agosto as sanções dos EUA impostas contra o setor automotivo do Irã, seu comércio de ouro e outros importantes metais e seu comércio de divisas entrarão em vigor.
A segunda rodada vai começar em 5 de novembro e sanções serão reimpostas nestas áreas:
- Empresas operadoras portuárias e setores de energia, navegação e construção naval do Irã.
- Transações relacionadas ao petróleo do Irã.
- Transações de instituições financeiras estrangeiras com o Banco Central do Irã.
A rodada de 5 de novembro também vai reinserir na lista centenas de pessoas físicas, pessoas jurídicas, embarcações e aeronaves que haviam sido incluídas anteriormente nas listas de sanções.
“Os Estados Unidos estão totalmente comprometidos a aplicar todas essas sanções, e trabalharemos estreitamente com nações que realizam empreendimentos com o Irã a fim de garantir total conformidade”, declarou o presidente em 6 de agosto*. “Pessoas físicas ou jurídicas que não encerrarem as atividades com o Irã poderão sofrer graves consequências.”
Seu governo emitiu 17 rodadas de sanções relacionadas ao Irã, designando 145 pessoas físicas e jurídicas, disse o presidente. Ele encerrou a participação dos EUA no acordo nuclear com o Irã em 8 de maio porque o acordo não pôs um fim permanente às ambições nucleares do Irã e nem restringiu suas outras atividades hostis. O regime iraniano explorou o sistema financeiro global a fim de promover o terrorismo, apoiar regimes desumanos, desestabilizar a região e violar os direitos humanos de seu próprio povo.
Responsabilizar governos e empresas
Nos termos do acordo nuclear do Irã, chamado de Plano de Ação Conjunta Abrangente, os EUA e outros países que assinaram o acordo permitiram que empresas fora dos EUA fizessem negócios com o Irã e não enfrentassem penalidades.
No período entre o anúncio do presidente e as datas em que as sanções voltarem a vigorar, as pessoas físicas e jurídicas afetadas pelas sanções devem encerrar seus negócios com o Irã ou correm o risco de sofrerem sanções.
“Nós entendemos que o restabelecimento das sanções e a vindoura campanha de pressão sobre o regime iraniano causarão dificuldades financeiras e econômicas para vários dos nossos amigos”, declarou o secretário de Estado, Mike Pompeo, em maio quando anunciou uma nova estratégia para o Irã*. “De fato, elas impõem desafios também aos EUA. Esses são mercados com os quais também adoraríamos negociar. E queremos ouvir sobre suas preocupações. Porém, responsabilizaremos aqueles que estiverem realizando transações comerciais com o Irã.”
Até julho, mais de 50 empresas internacionais haviam anunciado sua intenção de deixar o mercado iraniano, particularmente nos setores energético e financeiro.
O governo alertou os governos e o setor privado sobre os riscos de continuar a fazer negócios com o Irã e ressaltou que as ações dos EUA são direcionadas ao governo iraniano.
“Nossas sanções hoje não têm, e nunca tiveram, como alvo produtos humanitários”, disse uma autoridade do Departamento de Estado, em uma coletiva em julho*. “Nossas sanções pressionam o regime iraniano a mudar seu comportamento e não têm como alvo o povo iraniano.”
O governo está trabalhando com aliados para pressionar o regime iraniano a conseguir um acordo nuclear que obstrua todos os caminhos rumo a uma arma nuclear e aborde outras atividades malignas.
* site em inglês