EUA trabalham para reduzir a poluição causada por plástico

Crianças brincando em um grande aterro coberto de lixo plástico (© Ben Curtis/AP Images)
Crianças brincam em uma pilha de plásticos descartados que sobraram da fabricação de chinelos em Nairóbi, no Quênia, em 2015 (© Ben Curtis/AP Images)

A poluição plástica afeta todos os lugares do planeta, desde o estômago de um animal na remota Antártica até as árvores do Sahel e as montanhas mais altas do Himalaia. Pode levar séculos para se degradar.

O mundo produz cerca de 272 milhões de toneladas de resíduos plásticos a cada ano. Esse montante se aproxima do peso de toda a população humana. E pouco mais de 7 milhões de toneladas desse lixo chegam ao oceano anualmente.

Nos Estados Unidos, os setores público e privado estão trabalhando para reduzir a poluição plástica globalmente.

Governo dos EUA lidera a luta global

O Departamento de Estado dos EUA trabalhou com parceiros nas Nações Unidas para iniciar negociações visando um acordo global sobre poluição plástica na Assembleia do Meio Ambiente da ONU*.

“A poluição plástica é um problema global que afeta o meio ambiente, a segurança alimentar, o transporte marítimo, o turismo, a estabilidade econômica, a gestão de recursos e potencialmente a saúde humana”, disse Monica Medina*, secretária adjunta do Bureau de Oceanos e Assuntos Científicos e Ambientais Internacionais do Departamento de Estado.

Tuíte
Departamento de Estado
A poluição plástica que entra no oceano é indiferente às fronteiras políticas. Esta semana na segunda parte da quinta sessão da Assembleia do Meio Ambiente da ONU, os Estados Unidos estão trabalhando com nossos homólogos a fim de encontrar soluções inovadoras para esse problema global. #UNEA @StateDept @UN  

“A poluição plástica, em particular a poluição plástica oceânica, não respeita as fronteiras políticas e enfrentá-la requer cooperação internacional.”

O Departamento de Estado e a Agência de Proteção Ambiental estão ajudando os países da América Central e a República Dominicana a “fortalecer a capacidade de gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo o tratamento de fontes terrestres de poluição plástica oceânica”. A agência também concedeu milhões em subsídios a organizações não governamentais visando combater os detritos plásticos oceânicos.

Setor privado começa a trabalhar 

O Pacto de Plásticos dos EUA foi formado em 2020 reunindo 850 empresas nos Estados Unidos e em todo o mundo com o objetivo de tentar criar uma economia circular para os plásticos, o que significa que plásticos reutilizados substituiriam plásticos novos.

As empresas do setor privado dos EUA participantes do Pacto representam um terço do fornecimento de embalagens plásticas dos EUA

Close de canudos de plástico (© Barbara Woike/AP Images)
A cidade de Nova York decidiu proibir o uso de canudos e misturadores de plástico em bares, restaurantes e cafés em 2018 (© Barbara Woike/AP Images)

Em junho passado, o Pacto de Plásticos delineou quatro metas para reduzir a poluição plástica até 2025:

• Definir uma lista de embalagens problemáticas ou desnecessárias até 2021 e tomar medidas visando eliminar os itens da lista até 2025.
• Garantir que 100% das embalagens plásticas sejam reutilizáveis, recicláveis ​​ou compostáveis ​​até 2025.
• Realizar ações ambiciosas para efetivamente reciclar ou compostar 50% das embalagens plásticas até 2025.
• Alcançar uma média de 30% de conteúdo reciclado ou conteúdo de origem responsável e de base biológica até 2025.

Em janeiro, o Pacto de Plásticos divulgou uma lista de plásticos que representam um problema* como canudos, talheres e misturadores, além de produtos químicos como PVC (policloreto de vinila), PFAS (per- e polifluoroalquil) e PETG (polietileno tereftalato glicol) que não são reutilizáveis, recicláveis ​​ou compostáveis. Os membros do Pacto de Plásticos dos EUA desenvolverão orientações até 2025 sobre alternativas a esses itens.

“Os resultados dos esforços do Pacto de Plásticos dos EUA para promover a utilização de embalagens, melhorar a reciclagem e reduzir o desperdício de plástico beneficiarão todo o sistema e todos os materiais”, disse Sarah Dearman*, vice-presidente da Circular Ventures para Parceria de Reciclagem.

* site em inglês