Expandindo horizontes para estudantes das Américas Central e do Sul

Grupo de pessoas posando para foto (Cortesia: Colombo Americano Cali)
O Programa de Ação Social Horizontes Universitários do Departamento de Estado dos EUA ensina habilidades de liderança para alunos latino-americanos, como esses participantes de 2014-2015 retratados em Cali, Colômbia, em 22 de novembro de 2014 (Cortesia: Colombo Americano Cali)

Miguel Romero Rosas ensina para jovens em Cali, Colômbia, habilidades tecnológicas e de liderança de que precisam para ter sucesso.

O aspirante a engenheiro de software de 23 anos fundou a Cali Kids Lives Matter (A vida das crianças de Cali importa, em tradução livre), que ajuda a desenvolver jovens líderes por meio de projetos de ciência e tecnologia. O programa é afiliado da Kids Lives Matter (A vida das crianças importa, em tradução livre), com sede em Houston. Os alunos da Cali praticam inglês enquanto colaboram com colegas nos Estados Unidos.

Romero Rosas é ex-aluno de 2015 do Programa de Ação Social Horizontes Universitários (Chop, na sigla em inglês), do Departamento de Estado dos EUA. Ele diz que o programa melhorou suas habilidades de linguagem e networking, e o encorajou a repassar o que aprendeu para outras pessoas em sua terra natal, Colômbia.

“Eu não estaria onde estou hoje sem o programa”, disse Romero Rosas, agora trabalhando em tempo parcial com uma empresa de consultoria com sede nos EUA. “Foi uma experiência para toda a vida.”

 Homem trabalhando em laptop em sala de aula (Cortesia: Miguel Angel Romero Rosas)
Miguel Romero Rosas trabalha em um projeto em uma sala de aula na Colômbia (Cortesia: Miguel Angel Romero Rosas)

Agora em seu 15º ano, o Horizontes Universitários ajuda estudantes afro-latinos e indígenas da América Latina a se tornarem líderes comunitários com base na capacitação na língua inglesa que os prepara para novas oportunidades de carreira. Ao ampliar o acesso dos participantes ao ensino superior, o programa também aborda os desafios da exclusão e destaca a diáspora afrodescendente nos Estados Unidos e em nações da América Central e do Sul.

Mais de 3 mil alunos, selecionados com base no desejo de contribuir para a comunidade, já concluíram o programa de dois anos desde 2006.

Este ano, 280 alunos dos ensinos médio e superior de Bolívia, Colômbia, Equador, Nicarágua e Peru vão participar. Eles aprenderão a língua inglesa e habilidades de liderança, participarão de oportunidades de aconselhamento acadêmico e networking, desfrutarão de eventos culturais e interagirão com estudantes e grupos da sociedade civil.

“Você adquire habilidades que o ajudam a enfrentar a vida”, disse Alejandra Campos, participante de La Paz que concluiu o programa em 2010, ao ShareAmerica. “[O programa] abriu muitas portas para mim.”

Alejandra, 30, se mudou para os Estados Unidos em 2015 e agora trabalha para uma empresa de serviços públicos enquanto também estuda Administração de Empresas na Universidade Fordham, em Nova York.

Homem sentado em uma mureta (Cortesia: Juan Jose Garrido Pozu)
Juan Jose Garrido Pozu em casa em Lima, Peru, em 2014 (Cortesia: Juan Jose Garrido Pozu)

Juan Jose Garrido Pozu usou as habilidades de inglês que aprendeu no programa Horizontes Universitários a fim de encontrar um emprego como professor de Inglês em Lima, Peru, para poder pagar por seus estudos posteriores.

Participante do Horizontes Universitários de 2007 a 2010, Garrido Pozu afirma que, graças à ajuda de seus amigos e mentores do programa, ele pôde continuar seus estudos após a morte de sua mãe e de seu irmão.

Mais tarde, ele se tornou o primeiro aluno do programa Horizontes Universitários a buscar um diploma avançado em uma universidade dos Estados Unidos, uma meta do programa. Agora com 32 anos, Garrido Pozu está fazendo doutorado em Bilinguismo e Aquisição de Segunda Língua na Universidade Rutgers em Nova Jersey.

“O [programa] Chop abriu meus olhos para o mundo”, disse ele.

Homem falando enquanto uma mulher examina a perna de um paciente; ao fundo, outros pacientes aguardam atendimento (Cortesia: Liz Zayat)
Abel Moreira, terceiro a partir da esquerda, intérprete para alunos, professores e pacientes de fisioterapia e terapia ocupacional em Babahoyo, Equador, em agosto de 2019 (Cortesia: Liz Zayat)

Abel Moreira, de Durán, Equador, diz que hesitou em falar inglês antes de entrar no programa Horizontes Universitários. Quando voltou ao Equador depois de se formar no programa em 2014, Moreira podia falar inglês com mais segurança e pulou quatro níveis das aulas de Inglês na faculdade.

Ele também voltou para seu país determinado a ajudar sua comunidade. O estudante universitário de 24 anos se voluntaria como tradutor para o Projeto Mundo Perfeito, que apoia crianças hospitalizadas. Ele também ajuda a mãe a cuidar de idosos. Depois de se formar em Administração de Empresas, Moreira planeja trabalhar ajudando membros de grupos pertencentes a minorias étnicas do Equador a encontrar assistência médica e serviços sociais.

“Foi uma ótima experiência que abre novas portas para mim a cada ano”, disse ele sobre o Horizontes Universitários. “Ainda mantenho contato com o pessoal do programa. Era como uma família.”