Tradicionalmente, o entretenimento da véspera de Ano Novo nos Estados Unidos se concentra em jovens adultos ou casais que saem para uma noite de gala na cidade. Mas este ano, devido à pandemia do coronavírus, mais americanos estarão em casa durante a passagem de ano.
E muitos, tendo recentemente formado famílias multigeracionais, estão planejando celebrações com foco na família.
Embora o estresse de 2020 tenha sido o motivo que levou várias gerações a se agruparem sob um mesmo teto, os membros dessas famílias estão desfrutando do apoio e da companhia uns dos outros.
Vejam o exemplo da família Sutton-Marsden em Fallsburg, Nova York, nas montanhas Catskill, no sudeste do estado.
A família, que agora reúne três gerações, passará a véspera de Ano Novo montando um quebra-cabeça de mil peças e degustando bife ou salmão que Kim Sutton, a matriarca da família, irá preparar. Se o tempo cooperar, eles vão sair para uma caminhada — apenas até o quintal — para acender uma fogueira e andar de trenó, dois passatempos favoritos de inverno.
As coisas estão indo bem para os membros da grande família. Stephanie Marsden (filha de Kim Sutton) diz que não olhou para trás desde que seu marido, Brandon, e seus dois meninos carregaram um veículo de recreio e deixaram a cidade de Júpiter, na Flórida, a fim de ir à casa em que passaram a infância.
“Foi um turbilhão [de emoções]”, disse Stephanie. “Tivemos um bebê, vendemos nossa casa e nos mudamos para Nova York.”
Seus pais, Kim e Chris Sutton, os acolheram. Kim diz que seus netos — Theo, de 2 anos, e Benji, de 4 meses — dão a eles uma nova visão da vida. “Adoro ter todos em casa”, diz ela. “Faz com que meu marido e eu pareçamos mais jovens.”
Diferente de uma noite romântica
Quando se trata de planejar as celebrações do Ano Novo em casa, eles não estarão sozinhos.
Uma pesquisa da Morning Consult* com 2.200 americanos adultos mostra que 44% passarão a véspera e o dia de Ano Novo cozinhando em casa. Outras atividades caseiras populares incluem assistir a filmes on-line e pedir delivery de comida, de acordo com a pesquisa.
Kristi Kirschner vai assar seus pretzels tradicionais para sua casa multigeracional em Chicago. “É algo que todos nós amamos, é algo que nos diverte fazer, seja apenas com manteiga e sal ou com açúcar e canela”, diz Kristi.
Ela e seu marido, Ray Curry, viviam sem os filhos, que já tinham saído de casa antes de a pandemia chegar. Mas em outubro, a mãe de Kristi, Verna, que vivia em uma casa de repouso no Missouri, se mudou para morar com eles. Em seguida, por volta do Dia de Ação de Graças, o filho do casal, Will Curry, estudante do quarto ano da Faculdade Oberlin em Ohio, se juntou à família.
As coisas estão indo bem, embora tenha sido necessário fazer alguns ajustes.
“Foi um ajuste estranho fazer aulas pelo Zoom, especialmente por causa das mudanças de horário”, diz Will Curry.
Além de fazer pretzels na véspera de Ano Novo, a família Kirschner-Curry vai pedir um delivery de comida, assistir a filmes de Natal e disputar jogos on-line com parentes que vivem em Chicago, Washington, St. Louis e Sankt Augustin, na Alemanha.
“Somos pessoas tranquilas”, disse Ray Curry.
[Nota do redator: A família Kirschner-Curry está relacionada a uma pessoa empregada pelo ShareAmerica.]
* site em inglês