Fiquem de olho nos seguintes americanos durante as Paralimpíadas de Tóquio [galeria de fotos]

Homem em competição de salto em altura (© Christian Petersen/Getty Images)
Ezra Frech compete em um evento de salto em altura no Desert Challenge Games (Jogos Desafio do Deserto, em tradução livre) em 30 de maio em Mesa, Arizona (© Christian Petersen?Getty Images)

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio, que serão realizados de 24 de agosto a 5 de setembro, reunirão 4.400 atletas de 98 países.

Como a maior competição internacional de atletas com deficiência, os Jogos Paralímpicos promovem a inclusão e valorizam a excelência do esporte. Este ano, o parabadminton e o parataekwondo foram adicionados aos programas paralímpicos, que já incluíam atletismo, natação, tiro com arco, hipismo, remo, judô, halterofilismo, tênis de mesa e esportes em cadeira de rodas.

Os atletas paralímpicos americanos advêm de origens tão diversas quanto suas habilidades atléticas. Aqui estão alguns dos atletas que competirão e em quem devemos ficar de olho:

Ezra Frech: Atletismo

Aos 16 anos, Ezra Frech (na foto acima) é um dos membros mais jovens da equipe paralímpica dos EUA. Frech vai competir na corrida de 100 metros, no salto em altura e no salto em distância.

Nascido em Los Angeles, Frech usa uma perna protética desde os 11 meses de idade. Ele é defensor de atletas com deficiência e cofundou a Angel City Games, uma competição poliesportiva para crianças e adultos com deficiência realizada anualmente em Los Angeles.

Matt Stutzman: Tiro com arco

Homem usando os pés para competir em tiro com arco (© Christophe Simon/AFP/Getty Images)
Matt Stutzman compete nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro 2016 (© Christophe Simon/AFP/Getty Images)

Matt Stutzman, 38, natural de Fairfield, Iowa, é pai de três meninos. Ele começou a praticar tiro com arco a fim de caçar veados para alimentar sua família. Sem braços, ele descobriu uma forma de usar o arco e a flecha com o objetivo de atirar quando adulto e, além de caçar, entrou em competições de tiro com arco. Quando um fabricante de arcos se ofereceu para patrociná-lo, ele assumiu um compromisso consigo mesmo de se tornar o melhor atleta em seu esporte. Hoje, Stutzman é um dos melhores arqueiros do mundo. Tóquio será sua terceira Paralimpíada. Em 2012, ele ganhou a medalha de prata nas Paralimpíadas de Londres.

“O tiro com arco mudou minha vida”, disse ele à Newsweek. “Eu posso cuidar dos meus filhos. Agora as pessoas sabem quem eu sou.”

Jessica Long: Natação

Mulher nadando (© Hector Vivas/Getty Images)
Jessica Long compete no Campeonato Mundial de Natação Paralímpica de 2017 na Cidade do México (© Hector Vivas/Getty Images)

Jessica Long, 29, natural de Baltimore, é quatro vezes nadadora paralímpica, competindo em Atenas (2004), Pequim (2008), Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016). Ela é uma das atletas de maior sucesso da história dos Jogos Paralímpicos com 13 medalhas de ouro, seis de prata e quatro de bronze.

Nascida na Sibéria, ela foi adotada ainda bebê por um casal americano. Ela caminha com próteses nas pernas desde os 18 meses de idade devido a uma condição chamada hemimelia fibular. Ela era uma criança ativa que nadava regularmente na piscina do quintal dos avós, fingindo ser uma sereia. Ela se juntou à sua primeira equipe de natação competitiva aos 10 anos e aos 12 estava competindo nas Paralimpíadas de Atenas.

Daniel Romanchuk: Atletismo

Homens em cadeiras de rodas competem em uma prova de velocidade em uma pista (© Christian Petersen/Getty Images)
Daniel Romanchuk compete na final masculina de 5 km em cadeira de rodas durante as seletivas paralímpicas dos EUA em Mineápolis (© Christian Petersen/Getty Images)

Daniel Romanchuk, 23, competiu em todas as provas de atletismo dos Jogos Paralímpicos de 2016 no Rio e, nos últimos anos, despontou como o melhor maratonista em cadeira de rodas do mundo. Ele ganhou as maratonas de Boston, Londres, Chicago e Nova York.

Nascido em Mount Airy, Maryland, Romanchuk nasceu com um defeito congênito chamado espinha bífida. Quando tinha 2 anos de idade, seus pais o inscreveram em um programa de esportes adaptativos e ele descobriu que poderia ser mais ativo usando uma cadeira de rodas do que muletas e aparelho ortopédico tutor para as pernas. “Minha cadeira de rodas representa liberdade”, disse ele em uma entrevista recente à Clif Bar & Company. “Eu não estou preso a ela ou confinado a ela, e ela me levou ao redor do mundo. Para mim, o esporte é isso ser livre para ir além de onde você ou os outros pensam que você pode ir.”

Chuck Aoki: Rúgbi em cadeira de rodas

Homens em cadeiras de rodas jogando rúgbi (© Moto Yoshimura/Getty Images)
Chuck Aoki (à direita) compete em uma partida entre os Estados Unidos e o Canadá no Desafio Mundial de Rugby em Cadeira de Rodas 2019 em Tóquio (© Moto Yoshimura/Getty Images)

Artilheiro dos Estados Unidos em seu esporte, Chuck Aoki, de 30 anos, está em busca da medalha de ouro paralímpica depois de ganhar medalhas de bronze e prata em 2012 e 2016. A família do pai de Aoki saiu do Japão e imigrou para os EUA no início dos anos 1900. E, embora Aoki tenha raízes no Japão, ele nasceu e foi criado em Mineápolis. Ele usa uma cadeira de rodas devido a uma condição genética chamada neuropatia sensorial e autonômica hereditária tipo II. 

Aoki mudou do basquete para o rúgbi depois de ver o documentário indicado ao Oscar de 2005, “Nascido em Bordéis”, e está na seleção nacional desde 2009. Ele está fazendo doutorado em Relações Internacionais e é mentor de jovens por meio de uma organização sem fins lucrativos chamada Classroom Champions (Campeões em Sala de Aula, em tradução livre). Ele também é blogueiro do Comitê Paralímpico Internacional. Portanto, fiquem atentos ao que ele reportar de Tóquio*.

Scout Bassett: Atletismo

Mulher saltando (© Christian Petersen/Getty Images)
Em Mineápolis, Scout Bassett compete em um evento de salto em distância durante as seletivas dos EUA para as Paralimpíadas (© Christian Petersen/Getty Images)

Scout Bassett, que completa 33 anos no dia 18 de agosto, é medalhista pentacampeão do Mundial que competiu nos Jogos Paralímpicos de 2016 no Rio. Scout nasceu em Nanjing, China, e ainda criança perdeu a perna direita em um incêndio. Aos 7 anos de idade, ela foi adotada por um casal americano que vivia em uma pequena cidade no norte de Michigan, onde os esportes se tornaram uma grande parte da vida de Scout. Aos 14 anos, ela já estava participando de competições e, como estudante universitária na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, ela se envolveu com os Jogos Paralímpicos.

Em conversa com a empresa de mídia PopSugar, Scout disse que os esportes a ajudam a aceitar todos os aspectos de sua identidade: como mulher, asiática e atleta com deficiência. “Mais do que nunca, vejo o poder [que] o esporte tem de unir e inspirar pessoas de todas as origens”, disse ela.

Oksana Masters: Ciclismo

Mulher competindo em evento de ciclismo (© David Berding/Getty Images)
Oksana Masters compete durante as seletivas paralímpicas dos EUA em Mineápolis (© David Berding/Getty Images)

Oksana Masters, 32, tem medalhas de campeonatos mundiais e Jogos Paralímpicos. Nascida na Ucrânia com uma doença chamada hemimelia tibial, ela precisou amputar as pernas. E foi adotada aos 7 anos por sua mãe e viveu primeiramente no norte do estado de Nova York e, depois, em Kentucky. Ela competiu em esportes de inverno (esqui cross-country) e esportes de verão (remo e handbike).

Oksana recebeu o título de Atleta Feminina do Ano no Remo dos Estados Unidos em 2012, depois de ganhar uma medalha de bronze em remo nas Paralimpíadas de Londres naquele ano. Mas depois de sofrer uma lesão nas costas em Sochi em 2014, ela começou a andar de bicicleta. E vai competir exclusivamente no ciclismo em Tóquio.

“Adoro novos desafios e sair da minha zona de conforto”, escreve ela em seu site.

* site em inglês