Um refugiado pode chegar aos Estados Unidos sem um lar, sem apoio ou, às vezes, até mesmo sem conhecimentos da língua inglesa. E, no entanto, o refugiado – quer seja homem ou mulher – ainda pode razoavelmente ter a expectativa de ser autossuficiente em alguns meses.
“É realmente bastante impressionante que as pessoas consigam fazer isso”, diz Stacie Blake, que tem autoridade para afirmar isso. Stacie trabalha para uma das agências de reassentamento de refugiados que ajudam essas pessoas deslocadas a começar uma vida nova.
Para Stacie, o trabalho que as agências de reassentamento fazem todos os dias representa “nossa herança (…) É como nosso país foi fundado”.
Os Estados Unidos reassentaram quase 3 milhões de refugiados desde 1975 — mais do que todas as outras nações em conjunto — e esperam mais 85 mil no ano que termina em 30 de setembro de 2016.
Escolhendo a comunidade certa

Ao trabalhar com centenas de redes e voluntários locais, Stacie e seus colegas das agências de reassentamento direcionam os refugiados recém-chegados à melhor comunidade existente para eles. E tentam encontrar bairros onde existam outras pessoas que falem seus idiomas e compartilhem de sua cultura, e onde haja escolas adequadas, instalações de atendimento a idosos, transporte público acessível e outros serviços.
Os refugiados recém-chegados tipicamente encontram trabalho rapidamente. De acordo com Stacie, as comunidades que os acolhem são “muito bem integradas” com empregadores locais que “dependem desses novos trabalhadores” para preencher postos de trabalho em hotéis, restaurantes, lojas e fábricas.
E esse primeiro emprego é apenas o começo. Como refugiado reassentado, “você pode aprender inglês e melhorar sua posição, obter uma promoção (…) ou retornar à escola”, diz Stacie.

Ou se mudar. Como muitos americanos, os recém-chegados são livres para se mudar para qualquer lugar dentro dos Estados Unidos. Eles podem requerer a cidadania depois de cinco anos.
Para Stacie, um dos aspectos mais gratificantes de seu trabalho é conversar com potenciais proprietários e empregadores que fazem a conexão com seus próprios antepassados imigrantes. Eles têm entusiasmo em acolher os recém-chegados.
“Isso realmente representa o melhor dos Estados Unidos. Para mim, isso representa o que somos, e tenho o privilégio de ver isso acontecer dia após dia”, disse ela.