Dezenas de furões raros furtivos e ferozes estão construindo novos hábitats no Colorado, um ano depois de serem libertados em um refúgio da vida selvagem nos arredores de Denver.

Em outubro, o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA contabilizou 47 furões-do-pé-preto em perigo de extinção no Refúgio Nacional da Vida Selvagem do Arsenal das Montanhas Rochosas.

Os pesquisadores também encontraram cerca de duas dúzias de furões-do-pé-preto que nasceram no refúgio — um sinal promissor para que a campanha salve os animais da beira da extinção.

Os furões-do-pé-preto são tão raros que os cientistas formularam ideias que parecem malucas a fim de mantê-los saudáveis. Em Montana, funcionários que trabalham com espécies da vida selvagem planejaram preservar sua principal fonte de alimento e abrigo — as tocas dos cães-da-pradaria — distribuindo vacinas atadas a doces e lançadas através de drones.

Veja a seguir os furões-do-pé-preto e uma atualização sobre o programa com o objetivo de salvá-los:

Manteiga de amendoim lançada por drones pode ajudar a salvar os furões-do-pé-preto em perigo de extinção http://bit.ly/2fwwJuw

Quantos ainda restam?

Antigamente, pensava-se que os furões-do-pé-preto estavam extintos. O número total desses animais despencou à medida que os cães de pradaria eram exterminados ou morriam vitimados por pestes. O desenvolvimento humano também reduziu o hábitat dos furões.

No entanto, uma pequena colônia de furões foi descoberta em Wyoming em 1981.

Cerca de 300 vivem na natureza em 28 sítios de reintrodução em diversos estados dos EUA, sobretudo na Costa Oeste, e também na província canadense de Saskatchewan e no estado mexicano de Chihuahua.

Outros 300 furões nascidos em cativeiro estão sendo preparados para serem libertados em seis centros de reprodução.

Como se conta os furões?

No mês passado, as equipes fizeram buscas por um período de dez noites no refúgio do Colorado, usando luzes para detectar o reflexo esmeralda que revela os olhos de visão noturna dos furões.

Assim que localizaram os furões, os pesquisadores colocaram armadilhas alongadas e cobertas de aniagem sobre suas tocas. Em virtude de as armadilhas se assemelharem a uma parte da toca, os furões que são naturalmente curiosos, sobem nelas.

Os pesquisadores puderam distinguir os furões nascidos em cativeiro daqueles nascidos no refúgio com base em chips de identificação que foram implantados nos animais nascidos em cativeiro antes de sua libertação.

Os furões nascidos no mundo selvagem receberam vacinas contra a peste, cinomose e raiva, além do implante de um chip. Em seguida, foram libertados novamente. Os furões nascidos em cativeiro são vacinados antes de serem libertados.

Quantos são suficientes?

O Serviço de Pesca e Vida Selvagem tem uma meta de 3 mil furões adultos reprodutores em pelo menos 30 populações em, no mínimo, nove estados. No refúgio do Arsenal da Montanha Rochosa, a meta é de cerca de 77 a 120 furões, disse Nick Kaczor, gerente adjunto do refúgio.

“Rapaz, aqueles nascidos na vida selvagem eram belicosos, agressivos”, disse Kaczor. “Você pode perceber que eles têm um instinto de luta.”