Acelerador efeito meninas: empresas iniciantes e mentores fazem parceria em prol de mudanças positivas

Meninas instruídas são mais propensas do que os meninos de reinvestir rendimentos futuros em suas famílias (AP Images)

Um total de 250 milhões de meninas adolescentes vivem na pobreza. Os governos podem ajudar, mas tirar todas dessa condição para uma vida melhor exigirá empregos e oportunidades que os empresários podem fornecer.

A Fundação Nike e o Grupo Unreasonable estão ajudando jovens empresárias a fazer justamente isso. Elas se uniram para lançar o Girl Effect Accelerator (“Acelerador Efeito Meninas”, em tradução livre), um programa de curto prazo para mentorear empresários novatos e ajudá-los a apresentar suas ideias para investidores potenciais.

“Os empresários são notórios em recusar aceitar o status quo”, afirma Daniel Epstein, fundador do Grupo Unreasonable. “Não consigo imaginar um status quo que valha a pena rejeitar mais do que um que assegure a 250 milhões de meninas adolescentes permanecerlimitadas por suas circunstâncias.”

Por que investir em meninas adolescentes? Porque quando as meninas têm êxito, o mundo tem êxito:

“Em todos os mercados emergentes, tem sido demonstrado que uma menina instruída vai reinvestir 90% de seu lucro futuro em sua família, em comparação com 35% para um menino”, diz Epstein.

Os dez empreendimentos selecionados para o acelerador devem estar engajados na Visão Efeito Meninas, ser empresas sem fins lucrativos e poder operar em vários países. “O objetivo principal (…) é expandir rapidamente o benefício que esses empreendimentos podem trazer para as meninas pobres”, afirmou Epstein.

Os representantes de dez empresas iniciantes (startups) com base na África e na Índia elaborarão uma estratégia com 20 principais mentores na Califórnia começando em 31 de outubro. A apresentação final será realizada em 11 de novembro em São Francisco em um evento estilo TED.