Há 41 anos o Irã não consegue conter a ‘fuga de cérebros’

Um em cada quatro cidadãos com melhor educação formal deixa o país quando surge uma oportunidade. Eles saem em busca de uma maior liberdade social e religiosa e de melhores oportunidades de emprego.

(Depto. de Estado/J. Maruszewski)
Foto de mulheres trajando beca de formatura; texto impresso informa o número de iranianos com formação acadêmica que deixam o Irã anualmente (Depto. de Estado/J. Maruszewski)

“As pessoas vendem seus computadores, tapetes, telefones e joias a fim de obter dinheiro” para poderem deixar o país, disse uma agente de viagens em Teerã ao Wall Street Journal em fevereiro de 2019. Ela afirmou que sua empresa “havia recebido um número significativamente maior de solicitantes de vistos, particularmente para a Europa”.

O Irã possui uma das taxas mais altas de cidadãos que deixaram sua terra natal — cerca de cinco milhões de iranianos abandonaram o país desde que fundamentalistas islâmicos derrubaram o governo iraniano em 11 de fevereiro de 1979. Uma das razões que levam muitos iranianos a partir é que o governo corrupto do país priva seu povo de direitos humanos, prende e executa membros de minorias religiosas, de maneira sistemática, por praticar sua religião.
Este artigo foi publicado anteriormente em 1 de março de 2019.