As dramáticas paisagens desérticas da Jordânia exerceram o papel de Marte e serviram como cenário para Indiana Jones em filmes americanos.
Para muitos, a Jordânia se tornou o Hollywood do Oriente Médio.
Filmes de sucesso recentes como “Perdido em Marte” (2015), “Rogue One: Uma História Star Wars” (2015) e “Os Últimos Dias em Marte” (2013) foram todos filmados em Wadi Rum, área desértica protegida no Sul da Jordânia cuja areia vermelha deslumbrante e formações rochosas majestosas podem facilmente dar a impressão de ser um planeta alienígena.

As tribos beduínas zalabia e zuwaydeh habitam a área, e muitos beduínos ganham a vida como guias turísticos profissionais, acompanhando visitantes em caminhadas através de singulares formações geológicas, umas até com formato de adaga. Outros fazem papel de figurantes e de coadjuvantes nativos nos próprios filmes. (Uma produção hollywoodiana contratou beduínos pela primeira vez em 1962 para ajudar a filmar “Lawrence da Arábia”.)
Na Jordânia, não só o deserto atrai os cineastas, mas também suas florestas, cidades e o Mar Morto. A antiga cidade de Petra, lendária por sua arquitetura esculpida em montanhas de arenito, é um local favorito.
Criada como uma importante parada de caravanas pelos árabes nabateus em torno de 300 a.E.C., Petra é agora a atração turística mais famosa da Jordânia e foi cenário de sucessos de Hollywood como “Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989), “O Retorno da Múmia” (2001) e “Transformers: A Vingança dos Derrotados” (2009).

Os produtores de cinema americanos também contam com a ajuda de equipes de filmagem talentosas da Jordânia especializadas em iluminação, som, maquiagem, câmeras e todos os aspectos dos serviços de produção. Mais de 150 filmes foram feitos na região desde a criação da Comissão Real de Cinema da Jordânia em 2003 e o desenvolvimento de sua força de trabalho altamente qualificada.
A Comissão Real de Cinema da Jordânia ganhou recentemente o prestigiado Prêmio Filmes de Destaque da Comissão de Cinema* (Outstanding Film Commission Award) por seu apoio à produção para cineastas estrangeiros. A visão da comissão é “construir na Jordânia uma indústria cinematográfica de ponta e de nível mundial onde todas as pessoas do Oriente Médio possam livremente produzir filmes ao lado dos atores mais talentosos do mundo”, segundo seu site.
Sua missão está tendo êxito: em 2016, “O Lobo do Deserto” foi nomeado para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro — o primeiro filme jordaniano a obter uma indicação para o Oscar.

Após a nomeação do filme “O Lobo do Deserto”, o rei da Jordânia, Abdullah II, se reuniu com o elenco e a equipe de filmagem, e disse a todos: “Não apenas a Jordânia, mas todo o Oriente Médio está orgulhoso de vocês”, informou o jornal Jordan Times.
O rei enfatizou o interesse do reino de se associar com a indústria cinematográfica dos EUA. Ele se reuniu com alguns dos principais cineastas americanos em 2014 a fim de destacar o sucesso da Jordânia em produções cinematográficas.
Uma parceria bem-sucedida acontece entre a Universidade do Sul da Califórnia e a Comissão Real de Cinema, através da criação conjunta do Instituto de Artes Cinematográficas do Mar Vermelho em Aqaba. O instituto capacita homens e mulheres em todo o Oriente Médio e na região do Norte da África para trabalhar em todos os aspectos da produção de filmes.
O presidente Trump e o rei Abdullah II se reuniram duas vezes em Washington em 2017. No Café da Manhã Nacional de Oração**, realizado em 2 de fevereiro, o presidente enfatizou que os Estados Unidos estão empenhados em fortalecer a parceria nas áreas de segurança e economia com a Jordânia.
“Os Estados Unidos enxergam a Jordânia como um valioso parceiro, um defensor dos valores da civilização e uma fonte de estabilidade e esperança”, afirmou o presidente na Casa Branca em abril**.
* site em inglês e árabe
** site em inglês