Hospitalidade sulista ajuda empresa japonesa a se instalar em Kentucky

Quando líderes do governo e de indústrias dos EUA convergirem com investidores estrangeiros e chefes de negócios na Cúpula SelectUSA, todos terão uma coisa em mente: fazer negócios que criem empregos e ajudar empresas estrangeiras a estabelecer novas bases no maior mercado do mundo.

É por isso que Hiroyuki Takigawa, presidente e dono da empresa japonesa Takigawa Corporation Japan que produz embalagens plásticas, compareceu à Cúpula SelectUSA 2017. No momento em que ele saiu, fez conexões que resultaram em 150 ofertas para acolher sua nova fábrica estimada em US$ 46 milhões.

Takigawa visitou 50 locais e acabou escolhendo Bardstown, Kentucky, pequena cidade pitoresca que abriga famosas destilarias, bem como dez empresas japonesas. Está localizada perto de rodovias interestaduais e do Aeroporto Internacional de Louisville.

Um toque pessoal

Matt Bevin, governador de Kentucky, liderou a equipe de desenvolvimento econômico do estado que participou da cúpula de 2017, quando autoridades cortejaram Takigawa e o colocaram em contato com Kim Huston, presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Condado de Nelson.

Kim começou a partir daí, argumentando a favor de Takigawa, que, além de também ter uma fábrica no Vietnã, visitou o local três vezes. A segunda visita não foi anunciada. Takigawa havia retornado a Bardstown com o intuito de contatar outra empresa japonesa quando decidiu fazer um passeio pelo centro da cidade.

“Eu estava olhando para o lado de fora do meu escritório no Centro de Acolhimento no meio da Court Square e vi aqueles senhores japoneses saindo de uma van: o sr. Takigawa e todo seu contingente”, recorda Kim. “Eu saí e, com muita empolgação, os convidei para entrar. Nós nos abraçamos e dissemos: ‘Estamos muito felizes por vocês estarem de volta.’” Ao sair, Takigawa acenou da janela da van e disse: “Retornaremos.” Ao falar com o diretor-executivo do condado, Kim disse: “Acho que eles gostam de nós.”

E gostaram mesmo.

Fileira de pessoas vestindo ternos de negócio em tenda e com pás nas mãos (Agência de Desenvolvimento Econômico do Condado de Nelson)
Ao centro, Hiroyuki Takigawa e o governador de Kentucky, Matt Bevin, participam de uma cerimônia inovadora (Agência de Desenvolvimento Econômico do Condado de Nelson)

O mesmo aconteceu com o estado e a cidade: terrenos nobres à venda em seu parque industrial, créditos fiscais no valor de até US$ 2 milhões para os 180 novos empregos esperados e um compromisso de emitir licenças de construção rapidamente.

Takigawa, o governador e outras autoridades iniciaram o processo em abril, e a instalação de 13.700 metros quadrados deve estar pronta em 12 meses. O empresário japonês chama isso de “sonho realizado”.

A conexão não teria acontecido sem a Cúpula SelectUSA, afirma Kim.

O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, sedia a quinta Cúpula SelectUSA no Centro de Convenções Gaylord, em Maryland, nos arredores de Washington, de 20 a 22 de junho.

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Os Estados Unidos atraem mais investimentos estrangeiros diretos do que qualquer outro lugar do mundo. Participantes de cúpulas anteriores anunciaram mais de US$ 71 bilhões em “investimentos greenfield” – que envolvem projetos incipientes, ainda “no papel”. Eles visam criar novíssimas fábricas de produção. Empresas estrangeiras respondem por 6,8 milhões de empregos nos EUA.