Um novo estudo mostra que os Estados Unidos permanecerão uma nação de imigrantes e que cada vez mais os recém-chegados serão da Ásia.

É a mais antiga das histórias. Mesmo antes de os Estados Unidos se tornarem uma nação independente, ondas de imigrantes ajudaram a nação a crescer e enriqueceram uma identidade americana baseada não nos laços consanguíneos, mas em uma compreensão comum de vida como pessoas livres. A princípio, os novos rostos chegaram de partes diferentes da Inglaterra e, a seguir, da Alemanha. Posteriormente, muitos mais chegaram da Irlanda e do sul e do leste europeu. Mais recentemente, imigrantes do México e de outras partes da América Latina predominaram. Com o tempo, e por muitas razões, uma onda de imigrantes diminui, mas outra aumenta.

Ma Mya e a neta de 5 anos de idade Thetcho Pyong de Indiana fazem juntas a tarefa de Inglês (© AP Images)

Um novo estudo do Centro de Pesquisas Pew faz estas previsões sobre os futuros americanos:

  • Haverá mais deles, 36% mais, ou 441 milhões, até 2065.
  • Imigrantes e seus filhos representarão 88% desse aumento.
  • Até 2055 não haverá nenhum grupo de maioria racial ou étnica. Os brancos representarão somente 46% da população, ao contrário dos 62% de hoje.
  • O número de mexicanos e outros hispanos que chegam nos EUA está diminuindo.
  • Ao mesmo tempo, o número de americanos de origem asiática está aumentando acentuadamente. Desde 2011, a Ásia tem sido a maior fonte de novos imigrantes. Até 2055, o Pew prevê que 14% dos americanos serão de origem asiática.

Quem são os recém-chegados?

Hoje mais novos americanos chegam da China e da Índia do que de qualquer outro lugar. Em parte é porque as leis de imigração sofreram alterações em 1965 para pôr fim ao sistema de cotas que favoreciam os europeus setentrionais e ocidentais.

Outro fator é a educação. Conforme a renda aumenta nas nações asiáticas, mais jovens asiáticos optam por frequentar universidades americanas. Os imigrantes asiáticos de hoje, segundo o Pew, são o grupo mais instruído da história dos EUA. O programa de vistos promulgado em 1990 criou novas oportunidades para trabalhadores habilidosos. Imigrantes da China, das Filipinas, da Índia, do Vietnã, da República da Coreia e do Japão em particular obtiveram green cards (cartões verdes), que conferiram o status de residentes permanentes e a oportunidade de obter a cidadania.

Muitos imigrantes asiáticos adotaram o novo espírito empreendedor da nova nação, abrindo e gerindo negócios a um ritmo mais rápido que a maioria dos grupos anteriores.

Empresário de alta tecnologia Yogen Kapadia (Foto: cortesia)

O indiano Yogen Kapadia seguiu esse caminho. Depois de ganhar um diploma de mestrado em Ciência da Computação dos Estados Unidos, Kapadia trabalhou para empresas de alta tecnologia no Vale do Silício, na Califórnia. “O Vale quebra todos os preconceitos e alimenta apenas a única coisa de que a inovação precisa: uma mente aberta”, diz ele. Ele escolheu ficar a fim de se tornar um cidadão americano. Em 2011 Kapadia lançou seu próprio negócio, e ele promete que vai “revolucionar” a gestão de documentos on-line.

Nem todo recém-chegado vai gerir uma empresa. Alguns vão ter muito sucesso, quaisquer que sejam seus sonhos; outros vão ter dificuldades. Mas todos vão desfrutar das liberdades que pertencem a todos os americanos, e todos contribuirão com novos capítulos para a história mais antiga dos Estados Unidos.