No palco, o presidente Obama, três empreendedores e Mark Zuckerberg sentados (Flickr/GES)
O presidente Obama, juntamente com Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (à extrema direita), modera um painel de empreendedores incluindo Jean Bosco Nzeyimana de Ruanda (centro) (Flickr/GES)

O ruandês Jean Bosco Nzeyimana viveu recentemente um dia que jamais vai esquecer.

Nzeyimana é um dos três empreendedores da Cúpula de Empreendedorismo Global 2016 no Vale do Silício a ser convidado a falar sobre negócios — no palco, em frente a uma plateia global e uma legião de câmeras — com o presidente dos Estados Unidos e o fundador do Facebook.

“Hoje foi um dos dias mais importantes da minha vida”, disse ele posteriormente. “Eu tive a oportunidade de conhecer o presidente Obama pessoalmente e trocar ideias com ele.”

No palco, incentivado por Obama, Nzeyimana explicou o que o estimulou a abrir sua empresa. Nzeyimana cresceu coletando lenha para que sua família pudesse cozinhar refeições, e teve a motivação de abrir uma empresa chamada Habona Ltda.* aos 19 anos de idade, que faz uso de biogás e produz briquetes para serem usados como combustível para cozinhar respeitando o meio ambiente.

Veja aqui as explicações que ele deu ao presidente sobre a start-up:

Um alô para a Rede Yali

Nzeyimana é um dos quase 250 mil membros da Rede Iniciativa Jovens Líderes Africanos* em toda a África Subsaariana. A rede integra um esforço por parte do presidente Obama para incentivar jovens adultos africanos a se tornar ativos nos negócios, na organização comunitária e na gestão pública.

O jovem empresário tinha formado uma ideia incorreta com relação a Zuckerberg, achando que ele fosse um executivo dominador e até mesmo intimidador. Mas Zuckerberg — vestindo tênis de corrida, camiseta e jeans — conversou durante 20 minutos nos bastidores com Nzeyimana antes de uma discussão formal.

Ele era um “cara normal, um cara legal”, disse Nzeyimana. “O sucesso não é para um determinado tipo de pessoa.”

Nzeyimana gravou esta mensagem para seus amigos da Rede Yali e para qualquer pessoa na África que esteja considerando a possibilidade de abrir uma empresa. Ele reitera um ponto ressaltado por Zuckerberg, que argumentou que a maioria dos empresários iniciantes, incluindo a si mesmo em um determinado momento, não precisa se concentrar nos negócios, mas pode simplesmente se concentrar em qualquer problema que espera resolver.

“As políticas [de negócios] e os outros parceiros se estabelecem à medida que progredimos”, afirmou Nzeyimana. Atualmente, ele emprega 25 pessoas e continua a ser impulsionado por seu desejo de ajudar a desenvolver a sociedade.

* site em inglês