Tecnologias inovadoras estão ajudando legisladores, agentes da lei e pesquisadores científicos a combater o tráfico de vida selvagem ao redor do mundo.
BioUp, vencedor do “Zoohackathon” 2020, organizado pelo Departamento de Estado, usa tecnologia do blockchain (de registro seguro de transações, base da moeda digital bitcoin), que cria um registro seguro de transações anteriores, para rastrear e catalogar animais criados legalmente. O aplicativo pode um dia ajudar autoridades a distinguir vendas lícitas de ilícitas, já que traficantes muitas vezes alegam que animais obtidos ilegalmente são de origem legítima.
Sam Adam Hoffmann, membro da equipe vencedora do Paraná (Brasil) que criou o BioUp disse: “Ter acesso rápido [às informações de história e da origem de um animal] de maneira unificada é essencial para os agentes de campo que lutam contra o tráfico e a biopirataria.”
O quinto Zoohackathon anual do Departamento de Estado, realizado virtualmente de 6 a 8 de novembro de 2020, reuniu estudantes universitários, programadores e especialistas em vida selvagem a fim de conceber soluções tecnológicas inovadoras para o problema mundial do tráfico de vida selvagem.
https://twitter.com/usembbudapest/status/1341023135425040385?s=20
Tuíte:
Embaixada dos EUA em Budapeste: Parabéns aos vencedores do Zoohackathon deste ano, cujas soluções inovadoras nos ajudarão a combater melhor o tráfico de vida selvagem e contribuir para prevenir futuras pandemias. Leia mais sobre os aplicativos vencedores aqui: http://ow.ly/jaEq50CQSCb @usembbudapest
O tráfico de vida selvagem é uma das maiores formas de crime organizado transnacional. Ameaça a segurança, mina a prosperidade econômica, espalha doenças e leva espécies à beira da extinção.
Em abril de 2020, o secretário de Estado, Michael R. Pompeo, apelou à República Popular da China — maior consumidor mundial de vida selvagem traficada — e a outros países para fechar os mercados úmidos, onde espécies vivas são vendidas para consumo humano. Esses mercados são pontos centrais para o tráfico de vida selvagem.
O governo dos EUA gasta mais de US$ 100 milhões anualmente em uma abordagem global para combater o tráfico de vida selvagem. Os Estados Unidos trabalham com outros governos, organizações sem fins lucrativos e o setor privado a fim de fortalecer a fiscalização, construir cooperação internacional e reduzir a demanda por vida selvagem ilegal.
O Zoohackathon contribui para os esforços globais dos Estados Unidos, conscientizando as pessoas sobre as trágicas consequências do tráfico de vida selvagem e apoiando a geração de soluções inovadoras visando combater esse crime.
Quase 700 participantes de 53 países participaram do Zoohackathon 2020. Mais de 60 equipes se enfrentaram em competições regionais em Brasil, Europa, Oriente Médio, África e Ásia. Os vencedores regionais passaram a competir entre si pelo prêmio global.
Enquanto BioUp ganhou o primeiro prêmio, a equipe da ferramenta on-line das Filipinas para monitorar espécies ameaçadas ficou em segundo lugar e, em terceiro, a equipe do aplicativo da web do Vietnã para ajudar autoridades a acessar rapidamente as leis de conservação e vida selvagem do país.
Os vencedores de anos anteriores incluem um programa de software para coletar informações sobre aves em perigo de extinção de entusiastas da vida selvagem e um sistema para educar os turistas sobre os riscos de inadvertidamente comprar produtos ilegais produzidos a partir da vida selvagem na busca por souvenirs.