Antes da Rússia invadir seu país no ano passado, Maya Bondarenko disse que ela era uma adolescente despreocupada em Kharkiv, Ucrânia, que fazia trabalho voluntário em um abrigo de animais domésticos local e fazia velas nas horas vagas.
Desde o início da guerra, ela distribui alimentos para os idosos e é voluntária em uma organização sem fins lucrativos prestando assistência psicológica a adolescentes. “Através disso, eu descobri uma nova força e resiliência dentro de mim que a guerra não conseguiu quebrar”, afirmou ao ShareAmerica.

Neste mês de agosto, Maya vai se juntar a outros quatro estudantes da Ucrânia e começar a estudar na Faculdade Dickinson, na Pensilvânia. Um novo programa de bolsa de estudos cobrirá os custos ao longo dos próximos quatro anos. Sam Rose, ex-aluno da Dickinson cujo avô nasceu em Kiev, doou US$ 2 milhões para financiar as bolsas*.
Nos Estados Unidos, faculdades e universidades estão fazendo sua parte para ajudar estudantes da Ucrânia. Desde o início da guerra, mais de 140 faculdades e universidades dos EUA* já ajudaram 230 estudantes ucranianos a continuar seus estudos através do Fundo Estudantil de Emergência para a Ucrânia, do Instituto de Educação Internacional (IIE, na sigla em inglês), informou a organização sem fins lucrativos.
Universidade de New Haven, Connecticut
Para Kateryna Fedirko, começar as aulas na Universidade de New Haven, em Connecticut, fez parte de uma longa jornada.
Ela deixou sua família em Odessa logo após a invasão de fevereiro de 2022 e estudou na Estônia como parte de um programa de intercâmbio até o fim do trimestre.
Agora no segundo ano estudando Negócios Internacionais, Kateryna é a primeira aluna a frequentar as aulas como parte do novo programa de bolsas da universidade voltadas para estudantes ucranianos. O programa cobre todas as mensalidades, despesas de moradia e transporte.
“Estou muito feliz”, disse ela ao NBC Connecticut*. “As pessoas são tão amigáveis, generosas e prestativas.”
University of New Haven is taking action to protect students living w/ the reality of war. They created a brand new scholarship to bring Ukrainian students to campus.
Meet Kate Fedirko – the 1st student to get the scholarship who just arrived this month.https://t.co/pI1fEvHdm6
— Jane Caffrey (@janecaffrey) February 2, 2023
University of Iowa
Oksana Hirchak, estudante da Universidade de Iowa, está documentando a história contemporânea da Ucrânia. Ela reuniu histórias* de mineiros em sua cidade natal e de participantes da Revolução de Maidan de 2014, também conhecida como Revolução da Dignidade. Ela planeja se tornar psicoterapeuta para poder trabalhar com pessoas afetadas pela guerra.
Oksana está entre 20 estudantes ucranianos que receberam a Bolsa Embaixadores da Democracia Global do Instituto de Educação Internacional. O chef José Andrés, o ativista Garry Kasparov, o empresário Daniel Lubetzky e o tenente-coronel aposentado do Exército dos EUA, Alexander Vindman, apoiaram a criação* da bolsa.
Together with @chefjoseandres, @Kasparov63, @AVindman, I am proud to announce the first group of Ukrainian students to participate in our pro-democracy scholarship.
More from @washigntonpost @SusanSvrluga https://t.co/acHYdBatmy
— Daniel Lubetzky (@DanielLubetzky) December 16, 2022
Tuíte:
Daniel Lubetzky
Juntamente com chef Jose Andres, Garry Kasparov, Alexander Vindman, tenho o orgulho de anunciar o primeiro grupo de estudantes ucranianos a participar de nossa bolsa de estudos pró-democracia. Saiba mais: @washigntonpost @SusanSvrluga
“Embora ainda haja muito a aprender sobre a cultura americana, eu não me sinto estrangeiro nos Estados Unidos”, disse Oksana*.

Universidade da Virgínia Ocidental
Mark Vodianyi, de Kiev, é outro ganhador da bolsa Embaixadores da Democracia, do IEE. Agora estudante da Universidade da Virgínia, ele planeja estudar Direito Penal e planeja lidar com processos de crimes de guerra cometidos por soldados contra ucranianos.
Ele quer retornar à Ucrânia a fim de ajudar a reconstruir a nação, afirmando que ele se sente “obrigado profissionalmente e moralmente”. Vodianyi aprecia as iniciativas beneficentes no campus para ajudar a Ucrânia.
“Sou muito grato por esta manifestação de apoio* da (universidade), dos EUA e de outros países para a Ucrânia, é simplesmente incrível”, disse ele.