Ilustração de investidor com asas de anjo cumprimentando um inovador (Depto. de Estado/Doug Thompson/Shutterstock)
(Depto. de Estado/Doug Thompson/Shutterstock)

Qual a diferença entre um investidor-anjo e um investidor de risco? E mais importante, onde as start-ups podem encontrá-los?

No Vale do Silício e muito além, investidores de risco podem investir milhões de dólares em uma empresa promissora em troca de uma participação em seu capital. Como coproprietários, eles muitas vezes insistem em ter retornos significativos nas operações da nova empresa, incluindo integrar um conselho de diretores.

Os investidores-anjo, por outro lado, são indivíduos ou vários investidores juntos que emitem cheques em valores menores — variando de alguns milhares de dólares a US$ 100 mil ou mais — em um momento crucial para ajudar uma empresa principiante a decolar. Eles fornecem capital inicial e, em seguida, saem de cena. Embora negociem uma participação simples na empresa, eles raramente se preocupam com sua estrutura ou até mesmo se ela possui um conselho diretivo.

Muito mais start-ups enfrentam o fracasso do que o sucesso. Portanto, como pequenos empresários encontram esses primeiros investidores? E que condições as start-ups têm de oferecer para obter seu apoio?

Procure um investidor tão logo possa. Se você está desesperado e necessita de dinheiro, isso os desencoraja.” — Marcia Dawood

Dois especialistas abordaram essas perguntas em um bate-papo virtual realizado pelo Departamento de Estado com o título: “Eliminando o risco: investidores-anjo [investem] em start-ups dos campos de Ciência e Tecnologia”. O evento fazia parte da série de sessões de consultoria Inovação Global Através de Ciência e Tecnologia, realizadas mensalmente, que podem ser acessadas tanto no site da Iniciativa Inovação Global através da Ciência e da Tecnologia (Gist)* como no YouTube.

Marcia Dawood, do Grupo de Capital BlueTree, diz que os investidores em fase inicial estão em busca de start-ups que oferecem “uma solução para um grande problema”. Provavelmente, eles buscam uma participação por volta de 20% e 25% a fim de financiar a start-up, mas não tentarão administrar a empresa.

Pense antecipadamente

Os investidores-anjo querem ver o seguinte: que os fundadores refletiram sobre os próximos passos depois de sair do ponto de partida. “Observem o seu mercado. De onde virão os primeiros clientes? Como isso pode ser ampliado? A sua equipe tem a experiência e o conhecimento necessários para se expandir?”, pergunta ela.

Os investidores-anjo “não querem arcar com todos os riscos”, diz Eli Velasquez da VentureWell, que ajuda a comercializar avanços de pesquisas acadêmicas. Eles vão querer saber os detalhes, como o quanto os fundadores vão fornecer de seu próprio dinheiro para financiar a start-up.

Marcia aconselha empresários a pedir que familiares e amigos invistam. “Se você não se sente à vontade [pedindo], você não deveria estar [abrindo] sua empresa.”

Ela enfatiza a importância de fundadores de start-up que “conversam com todos as pessoas possíveis — clientes, investidores, futuros adquirentes. Obtenha feedback e não tenha medo de fazer perguntas”.

Redes de investidores-anjo surgiram em muitos países e regiões.

Os investidores-anjo são gregários por natureza, afirma Velasquez. “Eles adoram passar tempo juntos” e ouvir sobre novas oportunidades.

* site em inglês