Vista aérea de multidão ao lado de fileiras de carros em uma rua (© AP Images)
Carros engarrafam uma rua durante um protesto de 16 de novembro contra o aumento dos preços da gasolina, na cidade central de Isfahan, no Irã (© AP Images)

Se você está no Irã, provavelmente não pode ler este texto.

Isso ocorre porque o regime iraniano impôs um apagão da internet quase completo a seus cidadãos nos últimos dias.

Por quê? Você teria de perguntar ao regime iraniano, embora possa ter algo a ver com protestos dos cidadãos em decorrência do aumento de preços da gasolina. O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, chamou os manifestantes de “bandidos”. Mais de mil pessoas foram presas, segundo o The Wall Street Journal, citando agências de notícias semioficiais do Irã, como a Fars News.

O regime iraniano tem um histórico de restrição do acesso à internet para minar protestos contra a redução de oportunidades econômicas e a corrupção. E relatos recentes* sugerem que o regime está tornando as redes mais centralizadas para aumentar seu controle.

No entanto, o povo iraniano está contornando as restrições do regime por meio do que alguns descrevem como “resiliência digital*”.

Enquanto a NetBlocks, organização não governamental que rastreia o acesso à internet, afirma que o regime do Irã reduziu a conectividade à internet* no país para menos de 5% dos níveis normais, os iranianos ainda estão recebendo imagens e vídeos de seus protestos on-line. Eles fazem isso aproveitando as redes que permanecem on-line e às vezes se conectam à internet por meio de satélites ou provedores de serviços de países vizinhos, segundo a Bloomberg.

Pelo menos dois membros do Parlamento iraniano renunciaram após não serem consultados sobre o aumento dos preços do gás, segundo o The New York Times.

E enquanto o povo iraniano sofre, o regime iraniano financia o terrorismo ao redor do mundo.

* site em inglês

Ponte com bandeiras iranianas sobre multidão em ruas cheias de fumaça (© AP Images)
A fumaça sobe durante um protesto na cidade central de Isfahan, no Irã, em 16 de novembro, depois que as autoridades aumentaram os preços da gasolina (© AP Images)