
Em uma única geração desde que suas famílias fugiram da revolução do Irã em 1979, dois iranianos americanos chegaram ao topo de suas profissões, com um possivelmente indo para a Lua e o outro comandando um porta-aviões no Golfo Pérsico.
Kavon Hakimzadeh, capitão da Marinha dos EUA, e Jasmin Moghbeli, major do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, aproveitaram a oportunidade nos Estados Unidos, onde pessoas de todas as origens podem ter sucesso.
“Certamente é um testemunho para os Estados Unidos da América que um cara chamado Kavon Hakimzadeh pode” passar de marinheiro alistado a comandante de um porta-aviões, disse Hakimzadeh ao jornal Virginian-Pilot em agosto.
The Norfolk based carrier USS Harry S. Truman is in the Persian Gulf region.
In August, as the ship prepared for deployment, @BrockVergakis profiled the ship’s new skipper, Capt. Kavon Hakimzadeh who fled Iran as a child.https://t.co/M1hqLxuq1M
— The Virginian-Pilot (@virginianpilot) January 7, 2020
Tuíte:
The Virginian-Pilot: O porta-aviões USS Harry S. Truman, com sede em Norfolk, fica na região do Golfo Pérsico. Em agosto, quando o navio se preparou para a implantação, Brock Vergakis traçou o perfil do novo capitão do navio, Kavon Hakimzadeh, que fugiu do Irã quando criança. @virginianpilot @BrockVergakis https://www.pilotonline.com/military/artic
Hakimzadeh assumiu o comando do USS Harry S. Truman em julho passado, liderando as patrulhas do navio no Golfo Pérsico, que é uma das vias navegáveis mais importantes da economia mundial.
Jasmin se formou no treinamento da Nasa em 10 de janeiro. A nova astronauta se junta ao programa Artemis, através do qual, em 2024, a primeira mulher astronauta vai pisar na superfície da Lua e astronautas serão enviados para Marte.
Rarely a dull moment in this job! Today, I was spinning in a centrifuge. Tomorrow, I will be in the NBL training for spacewalks. While jet pilots experience high g forces into the seat, astronauts experience them into our chests making it a bit more difficult to breathe. #nasa pic.twitter.com/8S5pYGz4dj
— Jasmin Moghbeli (@AstroJaws) December 5, 2019
Tweet:
Jasmin Moghbeli: Raramente [há] um momento de tédio neste trabalho! Hoje eu estava girando em uma centrífuga. Amanhã, estarei no treinamento da NBL para caminhadas espaciais. Enquanto os pilotos a jato experimentam altas forças G em seus assentos, os astronautas as experimentam em nosso peito, tornando um pouco mais difícil respirar. @AstroJaws #nasa
Os iranianos americanos estão entre os grupos de imigrantes mais instruídos do país. Quase 60% dos iranianos americanos obtiveram pelo menos um diploma de graduação, de acordo com o Bureau do Censo dos EUA.
Os iranianos americanos também registram uma das mais altas taxas de trabalho autônomo e lideram organizações profissionais dedicadas às artes — especialmente música e literatura — uma reação à estrita repressão à liberdade artística por parte do regime iraniano.
As Forças Armadas dos EUA fornecem outro caminho para avançar. Embora nascido no Texas, Hakimzadeh viveu no Irã até os 11 anos, quando a revolução islâmica de 1979 forçou sua família a fugir. Ele se juntou à Marinha em 1987* para retribuir ao país que acolheu sua família.

Os pais de Jasmin também fugiram da revolução do Irã. Ela nasceu na Alemanha antes de sua família se mudar para os Estados Unidos. Criada em Baldwin, Nova York, Jasmin se formou em Engenharia Aeroespacial* pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts e pela Escola de Pós-Graduação Naval.

Ela pilotou mais de 150 missões de combate e registrou milhares de horas voando em 25 aeronaves diferentes. Sua carreira aventureira seria improvável no Irã, onde as restrições do regime impedem as mulheres de assistir a partidas públicas de futebol.
Agora elegível para viagens espaciais, Jasmin disse à Associated Press em dezembro que espera que suas experiências inspirem meninas nos Estados Unidos e no exterior a perseguir seus sonhos.
“Será uma coisa incrível para as meninas de todo o país e do mundo ver uma mulher na Lua pela primeira vez”, disse ela.
* site em inglês