Quase 50 anos após o assassinato de Martin Luther King Jr., os americanos continuam empregando a estratégia dele de confrontar a injustiça com desobediência civil pacífica a fim de chamar a atenção daqueles que estão no poder.

Em 2014, depois que um afro-americano foi morto por um policial em Ferguson, no estado de Missouri, e outro foi morto na cidade de Nova York, milhares de americanos protestaram em cidades grandes e pequenas de todo o país.

“Desde que sejam pacíficos, acho que são necessários”, disse o presidente Barack Obama sobre os protestos, em uma entrevista ao canal Black Entertainment Television*.  “Quando se tornam violentos, então passam a ser contraprodutivos.”

Os líderes atuais da juventude, muitos deles nascidos um quarto de século após a morte de King, organizam-se através de mídias sociais e usam outras ferramentas que só poderiam aparecer nos sonhos de King. As relações raciais são discutidas online e os manifestantes usam hashtags em cartazes para conscientizar os outros sobre sites com mais informações.

Em dezembro de 2014, Obama conversou com jovens líderes manifestantes na Casa Branca sobre policiamento. Depois da reunião, Obama formou a Força-Tarefa no Policiamento do Século 21*. Os integrantes incluem representantes governamentais, conselheiros técnicos e líderes jovens que trabalharão juntos para “fortalecer a confiança entre as autoridades policiais e as comunidades a que atendem”.

Leighton Watson, morador de Washington de 21 anos, estava entre os jovens líderes dos direitos civis que se reuniram com o presidente. Watson, que agora faz parte da força-tarefa, disse ao GVH Live* que se sente privilegiado por ter se reunido com Obama e outros representantes da Casa Branca.

“Eles veem a gente ali, protestando e falando sobre os problemas, mas também estão valorizando nossas perspectivas sobre as possíveis soluções”, afirmou Watson.

* site em inglês