
Quase uma dúzia de países receberá medicamentos vitais, enquanto outros receberão maior acesso a suprimentos de oxigênio necessários para tratar pacientes com Covid–19 no âmbito de iniciativas lideradas pelos EUA.
“Esta pandemia nos ensinou a importância de expandir o acesso a suprimentos médicos cruciais*”, disse a representante permanente dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield.
Embora as taxas de vacinação contra a Covid-19 em países de baixa e média renda tenham quadruplicado desde setembro de 2021 (de 13% para 56%), Linda afirmou que mais deve ser feito “a fim de resolver a lacuna de equidade nas vacinações globais e proteger as pessoas em risco de contrair doenças graves”.
Linda delineou três iniciativas durante uma reunião ministerial do Plano de Ação Global contra a Covid-19 (GAP, na sigla em inglês) em 23 de setembro paralelamente à 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
Programas ‘testar para tratar’
Dez países participarão do programa-piloto que visa fornecer testagem àquelas pessoas com maior risco de contrair uma forma grave da Covid-19. Além de disponibilizar medicamentos antivirais no início da doença, se testarem positivo.
A Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) e o Fundo Global de Combate a HIV/Aids, Tuberculose e Malária lançarão esses programas-piloto “testar para tratar” em parceria com governos anfitriões e especialistas em saúde pública. Os programas ajudarão os países a agir rapidamente em caso de aumento nos casos de Covid-19.
Os países envolvidos* são Bangladesh, Botsuana, Costa do Marfim, El Salvador, Gana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Ruanda e Senegal, informou a Usaid.
Acesso a oxigênio medicinal

A pandemia prejudicou o suprimento global de oxigênio medicinal, necessário para tratar pacientes com Covid-19 grave. Antes da pandemia, cerca de metade das instalações de internação na África tinha acesso confiável a oxigênio médico, disse Linda.
O governo dos EUA já se comprometeu a doar US$ 50 milhões para disponibilizar oxigênio médico, instalar tanques de armazenamento de oxigênio e atualizar a infraestrutura médica que fornece oxigênio aos leitos dos pacientes.
Por meio dessa iniciativa, a Usaid trabalhará com os governos de África do Sul, Costa do Marfim, Eswatini, Gana, Jamaica, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Papua Nova Guiné, República Democrática do Congo, Tanzânia, Vietnã, Zâmbia.
Nova central de informações em âmbito global
Os parceiros também estabelecerão uma central de informações em âmbito global que facilitará o acesso dos países aos suprimentos médicos necessários. O esforço, que deve ser lançado no próximo ano, visa tornar as cadeias de suprimentos médicas globais mais resilientes e eficientes. A central de informações convocará agências de aquisição e fabricantes de suprimentos e componentes médicos.
“Temos visto ao longo dessa pandemia que o acesso a esses suprimentos essenciais pode significar a diferença entre a vida e a morte”, disse Linda.
Essas novas iniciativas são implementadas com base no GAP*, lançado em fevereiro, que busca:
- Aumentar a vacinação contra a Covid-19 em todo o mundo.
- Acabar com a fase aguda da pandemia.
- Fortalecer a segurança sanitária global.
Linda pediu: “Vamos continuar trabalhando juntos (…) a fim de tornar o mundo mais seguro, mais saudável e livre de pandemias para todos”.
* site em inglês
Este artigo foi publicado originalmente em 12 de outubro.