
Uma exposição de arte saudita contemporânea no Museu Nacional Árabe-Americano, nos arredores de Detroit, oferece aos americanos um olhar novo e diferente da vida no reino.
“Na verdade, a maioria dos americanos não conhece nada sobre o povo da Arábia Saudita ou o que se passa no dia a dia”, diz Devon Akmon, diretor do museu, localizado em Dearborn, Michigan, região com a maior concentração de árabes americanos dos Estados Unidos.
“Para nós, essa exposição não era tanto sobre a mudança de percepções sobre a Arábia Saudita, e sim sobre abrir uma janela (…) relacionada à diversidade de ideias e às filosofias daquela sociedade”, disse ele.
Epicenter X apresenta obras de arte através de uma grande variedade de mídias: pinturas, desenhos, colagens, caligrafia, fotografia, vídeos (incluindo animações) e diafilmes. Dezessete artistas estão representados, bem como 20 artesãs que pintaram três grandes murais Qut no estilo antigo de decoração de casas.

A foto lenticular de Ahmad Angawi, que mostra a Grande Mesquita de Meca, Masjid al-Haram, no século 19 e nos tempos modernos, está em exibição no Museu Nacional Árabe-Americano. É a mesma obra que estava em exibição em Riad no Museu Nacional da Arábia Saudita quando o presidente Donald J. Trump visitou suas galerias em maio. Outra obra de Angawi na exposição realizada nos EUA mostra 3.500 microfones usados por Angawi para captar a voz das pessoas e os sons das ruas em Jedá.
Ayman Yossri Daydban, nascido nos Territórios Palestinos e com nacionalidade jordaniana, e figura proeminente na cena artística saudita, tem três obras em exibição no Epicenter X.

Daydban está atualmente terminando um período de 3 meses e meio em que foi artista residente. “Tive muitas residências, incluindo em Dubai, Berlim e Paris”, disse Dayban, com a ajuda de um intérprete, à Associated Press. Esta residência tem sido algo rejuvenescedor e “me faz ter coragem de fazer perguntas”.