
Os satélites podem ser capazes de ajudar a acabar com a pobreza global, indicando onde a ajuda é mais necessária, segundo uma equipe de pesquisadores americanos.
Imagens de satélites podem ajudar governos e instituições de caridade que tentam erradicar a pobreza, mas que carecem de informações precisas e confiáveis sobre onde as pessoas pobres estão vivendo e do que elas precisam, disseram os pesquisadores, baseados na Universidade de Stanford, na Califórnia.
Erradicar a pobreza extrema, medida com base nas pessoas que vivem com uma renda diária de menos de US$ 1,25, até 2030 está entre os objetivos de desenvolvimento sustentável que os Estados-membros da ONU adotaram em 2015.
A equipe de Stanford usou um algoritmo de computador para criar um mapa de autoatualização que reconhece sinais de pobreza através de um processo chamado aprendizagem de máquina, um tipo de inteligência artificial, disse Marshall Burke, professor assistente no Departamento de Ciência do Sistema Terrestre de Stanford. Os resultados da pesquisa de dois anos foram publicados na revista Science*.
“O computador aprende a encontrar um monte de coisas que pensamos que estão correlacionadas com a pobreza, como estradas, áreas urbanas, terras agrícolas e vias navegáveis”, disse Burke.
Burke disse que a equipe pretende criar um mapa da pobreza em todo o mundo que poderá ser disponibilizada publicamente on-line.
“Esperamos que os nossos dados sejam [considerados] diretamente úteis pelos governos ao redor do mundo (…) para direcionar seus programas de forma mais eficaz”, disse Burke.
Os pesquisadores estão cada vez mais procurando maneiras diferentes de usar satélites para combater os problemas de hoje, incluindo, por exemplo, detectar a presença de frotas de pesca ilegal no mar e prever desastres naturais.
* site em inglês