A corrupção de Nicolás Maduro e seu apoio à violência dentro e fora da Venezuela perduram um ano depois de ele subverter a democracia do país ao assumir um segundo mandato ilegítimo como presidente.

“Maduro se envolveu em atividades que agora levaram milhões de pessoas a fugir da Venezuela”, disse o secretário de Estado, Michael R. Pompeo*. Mais de 21% dos venezuelanos estão desnutridos, de acordo com o relatório Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2019 (relatório em inglês, formato PDF; página em inglês com links do relatório traduzido para outros idiomas).

Maduro usa violência para combater a democracia

Homem saindo de veículo enquanto outro homem está de pé perto dele (© Yuri Cortez/AFP/Getty Images)
Um guarda-costas cobre Juan Guaidó quando ele sai de um veículo que foi atacado em 15 de janeiro (© Yuri Cortez/AFP/Getty Images)

Em 15 de janeiro, bandidos pró-Maduro atacaram carros que levavam membros da Assembleia Nacional para sua sessão parlamentar semanal no Palácio Federal Legislativo de Caracas. Eles dispararam contra os carros, quebrando suas janelas e os golpeando com pés de cabra. Em vez de repreender essas ações, Diosdado Cabello, capitão das Forças Armadas de Maduro, os elogiou publicamente.

Isso aconteceu uma semana depois de os guardas de Maduro impedirem fisicamente o presidente interino, Juan Guaidó, e os líderes da oposição de entrarem no prédio da Assembleia Nacional para realizar uma eleição parlamentar.

Maduro permite que organizações terroristas atuam de maneira desenfreada no país

Sob a vigilância de Maduro, grupos terroristas iranianos têm células na Venezuela, que depois penetram nos países vizinhos. “O Hezbollah tem tentáculos em toda a América do Sul*”, disse Pompeo na semana passada na Jamaica. “As Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] e o ELN [Exército de Libertação Nacional] se refugiam hoje na Venezuela.” As Farc e o ELN, são organizações de guerrilha que sequestram e matam civis inocentes.

Maduro parabeniza força policial especial por assassinatos extrajudiciais

A chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, apresentou uma atualização ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em 18 de dezembro detalhando como os assassinatos extrajudiciais por parte da polícia destroem vidas na Venezuela e pedindo que as forças de segurança irregulares fossem dissolvidas.

Resposta de Maduro? Dois dias depois, ele realizou uma conferência de imprensa** para felicitar as forças que realizaram os assassinatos e prometeu fortalecer sua presença em todo o país.

As minas de ouro de Maduro continuam a prejudicar a população indígena

Pessoa em pé na água em um grande buraco no solo enquanto outra pessoa observa agachada em terreno íngreme (© Michael Robinson Chavez/The Washington Post/Getty Images)
Os habitantes locais que cuidavam desse antigo parque nacional agora procuram ouro para ajudar a si mesmos durante a crise econômica (© Michael Robinson Chavez/The Washington Post/Getty Images)

As minas de ouro da Venezuela — incluindo as de propriedade de Maduro — arrancam e devastam os povos indígenas cujas terras são ocupadas por empresas de mineração. No Fórum Econômico Mundial, Guaidó pediu mais sanções ao antigo regime de Maduro visando controlar a mineração de ouro, chamando a empresa de “ouro de sangue” e pedindo à comunidade internacional que proteja a população indígena da Venezuela.

Maduro detém membros da Assembleia Nacional em instalações de tortura

Maduro também discretamente prende e tortura os legisladores. Gilber Caro, membro da Assembleia Nacional, está desaparecido desde dezembro; seu advogado descobriu recentemente que Caro está sob custódia do Estado.

Homem andando com pessoas na rua e com megafone na mão (© VWPics/Universal Images Group/Getty Images) C
Gilber Caro participa de um protesto quase um ano antes de ser preso pelo regime de Maduro por apoiar Guaidó (© VWPics/Universal Images Group/Getty Images)

Da mesma forma, Ismael León desapareceu em 21 de janeiro após a sessão da Assembleia Nacional. Mais tarde, seu advogado descobriu que León estava detido no “El Helicoide”, uma prisão infame e instalação de tortura. Ele está agora em prisão domiciliar.

* site em inglês
** vídeo em espanhol