
Martin Luther King é conhecido como o herói que lutou e deu a vida para pôr fim à discriminação racial e promover os direitos civis nos Estados Unidos. Mas sua influência e inspiração são sentidas muito além de seu país de origem.
Ruas e avenidas que levam o nome de King podem ser encontradas em todo o mundo, de Níger à Austrália, do Brasil à Alemanha. Há um parque que leva seu nome em Paris; uma igreja em Debrecen, na Hungria; uma escola em Yaounde, nos Camarões; e até mesmo uma ponte em Ouagadougou, em Burkina Fasso.
Durante sua vida, King conscientemente conectou sua luta pela igualdade doméstica a questões internacionais*. Ele era um crítico veemente do governo do apartheid da África do Sul e do colonialismo europeu na África. Também apoiou as reformas agrárias para os camponeses na América Latina e considerava a pobreza uma questão internacional de direitos humanos.
King e o movimento pelos direitos civis dos EUA ajudaram a inspirar a adoção, em 1965**, da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial, o primeiro tratado internacional de direitos humanos após a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio.
Mas o legado de King talvez seja sentido de maneira mais intensa através de sua filosofia, que adotava a não violência e defendia a dignidade humana, inspirado pela campanha não violenta de Mahatma Ghandi para acabar com o domínio britânico na Índia. Por sua vez, King tem inspirado outras pessoas a transformar suas sociedades recorrendo a meios não violentos, desde o rompimento da ocupação soviética na Polônia feita pelo movimento Solidariedade, até a luta de Nelson Mandela para pôr fim ao apartheid na África do Sul.
Hoje, quase 50 anos após seu assassinato, muitas pessoas ainda continuam a dar prosseguimento ao significado global da declaração de King de que “a injustiça em qualquer lugar representa uma ameaça à justiça em todos os lugares”.
* site em inglês
** site em inglês, espanhol, francês e outros três idiomas