Mulher em frente ao edifício do Capitólio dos EUA (© Hutton Archive/Getty Images)
A educadora e ativista americana Mary McLeod Bethune no Capitólio dos EUA, por volta de 1950 (© Hutton Archive/Getty Images)

Mary McLeod Bethune foi educadora, ativista pelos direitos civis e direitos das mulheres, presidente de faculdade e conselheira de presidentes dos EUA.

Recentemente, uma estátua de Mary* foi inaugurada na Rotunda do Capitólio dos EUA.

Educadora e conselheira de presidentes

Mary nasceu em Mayesville, Carolina do Sul, uma década após o fim da Guerra Civil. Seus pais haviam sido escravizados. Ela frequentou a escola em Mayesville, algo incomum para negros americanos durante a era da Reconstrução. Essa oportunidade a colocou em seu caminho como educadora*.

Mary trabalhou como professora na Geórgia e na Carolina do Sul. Depois de se casar com Albertus Bethune em 1898, ela abriu uma escola missionária em Palatka, Flórida. Nas duas décadas seguintes, ela abriu uma escola para meninas em Daytona Beach, Flórida, e ajudou a criar a Faculdade Bethune-Cookman. Lá, ela se tornou a primeira presidente negra, servindo de 1931 a 1947.

Ao longo de sua vida, Mary atuou como vice-presidente da Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP) e da Liga Urbana Nacional​, além de orientar os presidentes Calvin Coolidge e Herbert Hoover sobre educação e emprego juvenil.

Pessoas reunidas sob estátuas no interior do Capitólio dos EUA (© Jacquelyn Martin/AP Images)
Na parte inferior esquerda da foto, com traje amarelo, está Evelyn Bethune, neta de Mary McLeod Bethune. Mary fala com Sheila Jackson Lee, deputada dos EUA, enquanto membros do Congressional Black Caucus (convenção partidária de congressistas afro-americanos) se reúnem em torno de uma estátua de Mary McLeod Bethune em 13 de julho no Capitólio dos EUA em Washington (© Jacquelyn Martin/AP Images)

Como amiga da primeira-dama Eleanor Roosevelt, Mary atraiu a atenção do presidente Franklin D. Roosevelt, que lhe pediu para servir como conselheira especial da Administração Nacional da Juventude. A partir daí, Mary se tornou parte do “Gabinete Negro” de Roosevelt, onde trabalhou visando criar mais oportunidades para negros americanos conforme previsto no Novo Acordo.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ela trabalhou com o presidente Harry S. Truman a fim de incluir mulheres negras no Corpo do Exército Auxiliar Feminino e no Serviço de Emergência Voluntário das Mulheres da Marinha. Essas mulheres negras passaram a servir no Teatro Europeu, região que se estendia por todo o continente europeu, desde o Oceano Atlântico até os Montes Urais.

No final da década de 1940, depois de se recolher à sua residência em Daytona Beach, Mary morreu em 18 de maio de 1955.

Quando a estátua de Mary foi inaugurada em julho, ela se tornou a primeira negra americana a ter sua estátua doada como presente de um estado ao Salão de Esculturas do Capitólio dos EUA.

A escultora, Nilda Comas, é também a primeira artista hispânica com uma obra na coleção do Salão Estatuário Nacional no Capitólio.

A estátua retrata Mary McLeod Bethune trajando um capelo e uma beca, segurando uma rosa preta feita de mármore espanhol na mão esquerda e uma bengala — réplica da que possuía Roosevelt — na direita.

A base inclui uma citação de Mary: “Eu invisto na alma humana. Pode ser um diamante bruto.”

* site em inglês