Um esforço para incentivar mais muçulmanos americanos a participar do processo político americano está sendo feito nos EUA.
Conheça algumas pessoas que estão trabalhando para atingir essa meta:
Saba Ahmed é uma muçulmana paquistanesa-americana que fundou a Coalizão Muçulmana Republicana* “para dar voz a muçulmanos conservadores na política americana”.
Saba, que tem vários diplomas de curso superior — Direito, Administração e Engenharia Elétrica — de grandes universidades americanas, diz ser apaixonada por defender o Islamismo em círculos republicanos conservadores nas áreas de negócios, direito e mídia.
“Exerço meus direitos e liberdades como americana tanto na minha mesquita quanto na política republicana — e espero que outros muçulmanos conservadores se juntem a mim e que nossa voz seja ouvida por meio da participação cívica”, disse.
Sarwat Husain, americana muçulmana do Texas, trabalha com o Partido Democrata com o objetivo de dar mais representação política para muçulmanos americanos de todo o país.
“Participar da política é uma forma de adoração no Islamismo”, disse Sarwat. “É preciso servir o país em que se vive em todos os níveis e em todos os aspectos.”
Ela ajudou a criar a Bancada Democrata Muçulmana Americana*, organização política que visa aumentar o número de muçulmanos americanos com cargos políticos.

Os muçulmanos americanos vão votar?
Uma barreira à maior participação dos muçulmanos americanos na política é o desafio de convencê-los a votar.
O Centro de Pesquisas Pew estima que 3,3 milhões de muçulmanos* de todas as idades vivem nos Estados Unidos. Mas muitos muçulmanos americanos que podem votar não o fazem.
Tahir Ali trabalha na Aliança Americana-Muçulmana*, organização com sede na Califórnia que promove a participação cívica muçulmana. Ele disse que a falta de votos “não é culpa do governo americano”. Segundo ele, a experiência em votar em outros países talvez seja a razão de tão poucos muçulmanos nos Estados Unidos decidirem votar.
“O processo pode não ser limpo de onde eles vêm. Pode ser corrupto”, disse. “Precisamos educá-los para que saibam que esse processo [nos Estados Unidos] é muito limpo.”
Enquanto os imigrantes estão ocupados se estabelecendo em um novo país, muitos de seus filhos estão começando a votar. Entre eles está Noman Khanani.
“Agora estamos começando a ver mais muçulmanos de segunda geração a se envolver um pouco mais”, disse Khanani. “Mas muitos deles ainda são mais ou menos da minha idade, com seus 20 e poucos, 30 anos; portanto, ainda é muito cedo para dizer. Acho que nos próximos cinco a dez anos vamos ver um número cada vez maior de muçulmanos participando.”
(ShareAmerica contribuiu para este artigo.)
* site em inglês