
Depois de se formar em Comunicação e Logística, Anapidédé Kibandou Betema, do Togo, ainda tinha dificuldades para encontrar um emprego. No entanto, por ter sido criada na propriedade rural de seu pai, ela sabia como cultivar produtos hortícolas e criar galinhas.
Assim, em 2020, Anapidédé abriu uma cooperativa agrícola onde ela e outras mulheres cultivam hortaliças orgânicas para alimentar suas famílias e obter renda. A Société Coopérative Simplifée Best Choice (Sociedade Cooperativa Simplificada Melhor Escolha, em tradução livre), ou Scoops-BC, atualmente localizada em três hectares de terra a 6 km da capital do Togo, Lomé, vende produtos frescos para moradores da cidade.
Anapidédé e mais três mulheres cultivam pimentas e espinafres com o objetivo de vender em Lomé e na propriedade rural. Suas 350 galinhas poedeiras produzem 70 bandejas de ovos por semana.
Ganhando confiança
Em fevereiro de 2022, Anapidédé se inscreveu na Academia da Mulher Empreendedora (AWE, na sigla em inglês)*, um programa do Departamento de Estado dos EUA que opera no Togo e em outros 20 países africanos. A AWE já ajudou aproximadamente 5.500 mulheres empresárias em todo o continente a seguir seu sonho de serem proprietárias de um negócio. Em todo o mundo, a AWE forneceu a mais de 25 mil mulheres em cem países o conhecimento e as redes de que precisam visando criar ou expandir suas próprias empresas.
A AWE ajudou Anapidédé a superar a timidez e crescer como empresária. “Tornei-me autossuficiente”, afirmou. Ela percebeu: “Tenho autoconfiança e também posso gerenciar e administrar um negócio.”
“TORNEI-ME AUTOSSUFICIENTE”, DISSE ANAPIDÉDÉ. ELA PERCEBEU: “TENHO AUTOCONFIANÇA
E TAMBÉM POSSO GERENCIAR
E ADMINISTRAR UM NEGÓCIO.”
Equilibrando responsabilidades

Por meio do planejamento estratégico e da capacitação em gerenciamento de tempo da AWE, Anapidédé também aprendeu a equilibrar melhor a administração de uma empresa e a criação de seus filhos. A AWE também forneceu acesso à plataforma DreamBuilder (Construtor de Sonhos, em tradução livre), que ensina habilidades empreendedoras que vão desde finanças a marketing, e administração de empresas.
Usando a DreamBuilder, desenvolvido pela Universidade Estadual do Arizona, Anapidédé reescreveu seu plano de negócios com o intuito de adequá-lo melhor às suas necessidades. “Quando comecei, não era eu quem escrevia o plano de negócios”, declarou ela, lembrando que deixava o trabalho para um consultor. “Mas agora reconheço que ninguém pode escrever seu plano de negócios além de você [mesma], porque só você sabe como deseja que seu negócio seja.”
Compartilhando insights
Depois de se formar na AWE, Anapidédé participou da Cúpula Heroikka sobre o Impacto da Mulher, uma conferência global de mulheres de negócios, compartilhando seu modelo de negócios e aprendendo com as experiências de outras pessoas.
“[As participantes latino-americanas do painel] chegaram e falaram sobre como podemos fazer coisas não apenas para nós mesmas, mas para os outros”, disse ela. “Podemos ter nosso próprio dinheiro e administrar nossos negócios, apesar de sermos mães e enfrentarmos os desafios que mulheres têm no domínio do empreendedorismo.”
Ensinando outras pessoas
Atualmente, Anapidédé cria programas que ensinam outras mulheres a cultivar e preservar hortaliças de maneira orgânica, e a equilibrar a administração de um negócio com os desafios da maternidade. Ela também está ensinando às jovens outras habilidades comercializáveis, como trabalhar de cabeleireira ou costureira.
“Sabemos que juntas podemos ir longe; por isso, estamos trabalhando para manter as mulheres unidas a fim de que todas tenham sucesso”, disse Anapidédé.
Este artigo foi escrito pela redatora freelance Naomi Hampton. Uma versão* foi publicada anteriormente pelo Bureau de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado.
* site em inglês