Mulheres inspiradoras ao redor do mundo defendem os direitos humanos e sociedades justas e inclusivas. Elas também falam com coragem sobre os direitos das pessoas com deficiência. Homenageamos cinco vozes corajosas durante o Mês da História da Mulher* e todos os meses:
Simone Biles, atleta olímpica americana

Simone Biles, ginasta americana mais condecorada da história, foi diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) quando criança. Ela assumiu uma posição corajosa contra o estigma do TDAH e em apoio à saúde mental e emocional dos atletas. “Ter TDAH e tomar remédios para isso não são motivos para se envergonhar e nem para ter medo de deixar as pessoas saberem.”
Simone, com apenas 25 anos de idade, já conquistou 32 medalhas em olimpíadas e mundiais.
Ela atribui seu sucesso ao trabalho árduo, à determinação e ao forte apoio de sua família e amigos. Ela pretende mostrar ao mundo que as pessoas com deficiência não só são capazes de fazer um grande trabalho, mas também possuem talentos únicos.
Greta Thunberg, ativista ambiental sueca

A ativista adolescente Greta Thunberg considera viver com Síndrome de Asperger — transtorno pertencente ao espectro autista — seu “superpoder”.
Greta disse: “Quando os haters te assediam por causa de sua aparência e suas diferenças, significa que eles não têm para onde ir. E então você sabe que está ganhando! Eu tenho Asperger, e isso significa que às vezes sou um pouco diferente da norma. E — dadas as circunstâncias certas — ser diferente é um superpoder.”
Aos 15 anos, Greta começou a pedir ao governo sueco medidas mais contundentes em relação às mudanças climáticas. Ela se manifestou na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas de 2018 e continua a discursar e liderar protestos na esfera internacional chamando a atenção para a crise climática. Ela tem inspirado estudantes e pessoas no mundo inteiro a se juntarem à causa.
Tanni Grey-Thompson, atleta e política britânica

Tanni Grey-Thompson, atleta de sucesso e apaixonada comentarista esportiva de rádio e televisão, é membro da Casa dos Lordes do Reino Unido. Nascida com espinha bífida, Tanni estabeleceu e alcançou altos padrões em sua carreira. Ela já ganhou mais de 20 medalhas representando o Reino Unido nos Jogos Paralímpicos e no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico como corredora cadeirante. No cargo político em que atua hoje, ela defende a reforma previdenciária, a igualdade e a acessibilidade.
Janina Ochojska, humanitária polonesa

Janina Ochojska é uma astrônoma polonesa e ativista social premiada que atualmente serve como membro do Parlamento Europeu. Nascida em Gdańsk, ela contraiu pólio na primeira infância. Depois de ser submetida a uma cirurgia e receber tratamentos médicos vitais, ela começou a trabalhar como voluntária para organizações humanitárias que oferecem ajuda a crianças na Polônia. Posteriormente, Janina fundou a Ação Humanitária Polonesa, ONG internacional que ajuda as pessoas em situações de crise. Ao longo de 25 aos, sua fundação tem fornecido assistência a cerca de 10 milhões de pessoas em 44 países, construindo 58 escolas e 943 sistemas de abastecimento de água a fim de criar melhores condições sanitárias e de vida.
Agora Janina está se concentrando em fornecer apoio direto in situ aos afetados pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Mais de 2 milhões de refugiados já cruzaram sua terra natal, Polônia, desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro. Em um discurso recente ao Parlamento Europeu, Janina declarou: “São as ONGs e as autoridades locais que estão coordenando esta enorme ajuda e os voluntários que estão presentes onde quer que haja alguém passando necessidade.”
Aaron Rose Philip, antiguana-americana que trabalha como modelo e defensora dos direitos humanos

Em 2018, Aaron Rose Philip se tornou a primeira modelo negra, trans e cadeirante a ser representada por uma grande agência de modelos. Aaron usa sua plataforma para impulsionar a indústria da moda em direção a práticas mais inclusivas. Nascida em Antígua e Barbuda, ela mora na cidade de Nova York desde os 3 anos de idade. Ela começou a desfilar como modelo desde a adolescência, frustrada por nunca ver ninguém que se parecesse com ela na indústria da moda.
“Eu observava todos os desfiles e era surpreendente ver como tanta gente de fato não acha que pessoas com deficiência também gostam de se vestir e se sentir bem”, disse Aaron em uma entrevista para a revista Vogue. Ela tem orgulho de seu trabalho árduo e de suas conquistas, declarando: “Sou uma modelo talentosa que tem uma deficiência, que também é uma mulher trans negra. Quero ter o mesmo nível de sucesso e oportunidades que meus colegas têm.”
* site em inglês