Na Etiópia e em Djibuti, Tillerson enfatiza a democracia e esforços de segurança

O secretário de Estado, Rex Tillerson, em visita à capital etíope, Adis Abeba, em 8 de março, reconheceu a “primeira transferência de poder voluntária” do país.

A transição de poder na Etiópia é “um símbolo muito positivo da força desta democracia tão jovem”, disse Tillerson em uma conferência de imprensa conjunta com o ministro das Relações Exteriores da Etiópia, Workneh Gebeyehu.

Tillerson disse que os Estados Unidos estavam preocupados com a decisão do governo etíope de impor outro estado de emergência, que o secretário disse que impõe restrições aos direitos fundamentais, como liberdade de reunião e de expressão.

“Nós acreditamos firmemente que a reforma democrática, o crescimento econômico e a estabilidade duradoura são mais bem resolvidos através de um processo político inclusivo, e não através da imposição de restrições”, disse o secretário. “E nós incentivamos o povo etíope também a se manter paciente, manter o apoio a seu governo em meio a essa mudança, a essa transição, mas também na busca dessa jornada de democracia.”

O secretário também elogiou o papel da Etiópia na promoção da segurança regional. A Etiópia é sede da União Africana e é o maior colaborador das operações de manutenção da paz da ONU na Somália, no Sudão e no Sudão do Sul.

Ele disse que a influência da Etiópia ao apoiar a segurança da Somália e de Djibuti é particularmente importante neste momento a fim de manter as rotas do comércio global abertas. “Essas rotas através do Mar Vermelho afetam bilhões de pessoas em todo o mundo em termos de sua estabilidade econômica”, disse o secretário.

Tillerson — em viagem para a África pela primeira vez como secretário de Estado — também se encontrou com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, antes de viajar para Djibuti em 9 de março.

Recepção calorosa em Djibuti

Na Cidade de Djibuti, Tillerson agradeceu ao país por acolher milhares de soldados dos EUA, algo que afirmou facilitar “uma resposta muito rápida ao terrorismo e ao extremismo violento que ameaça os dois países”.

“De onde quer que venha essa ameaça — seja do Estado Islâmico buscando um caminho para este continente ou da Al Qaida, da Al Shabaab ou de outras organizações terroristas — estamos aqui em parceria com o povo de Djibuti para proteger os cidadãos de ambos os nossos países, bem como os países da região”, disse o secretário em uma entrevista coletiva com o ministro das Relações Exteriores de Djibuti, Mahamoud Ali Youssouf.

Tillerson ressaltou o papel importante de Djibuti em acolher refugiados e proporcionar ajuda humanitária em toda a região. Além disso, afirmou, Djibuti salvaguarda a livre circulação do comércio global, mantendo as rotas marítimas livres e abertas.

O secretário está fazendo visita a cinco países — Chade, Djibuti, Etiópia, Nigéria e Quênia — para se encontrar com líderes a fim de discutir os esforços em andamento para combater o terrorismo e impulsionar os laços econômicos.