
Os Estados Unidos estão impondo consequências ao governo russo por intrusões cibernéticas, tentativa de interferência eleitoral e outras condutas “imprudentes” contra os Estados Unidos e seus aliados.
Mais de vinte países emitiram declarações expressando solidariedade ou apoio aos Estados Unidos.
Em um decreto do Executivo* emitido em 15 de abril visando fortalecer a autoridade sancionatória, o presidente Biden chamou o comportamento da Rússia — desde tentativas de minar eleições livres e justas a atividades cibernéticas maliciosas visando dissidentes ou jornalistas — “uma ameaça incomum e extraordinária” à segurança e aos interesses nacionais dos EUA.
Usando a nova autoridade nos termos do decreto, o Departamento do Tesouro aplicou sanções contra os envolvidos* nos esforços de interferência russa nas eleições e contra empresas que apoiam o programa cibernético da Rússia. O Tesouro também bloqueou certas negociações financeiras da dívida soberana a fim de impor custos ao regime.
Além disso, o Departamento de Estado expulsou dez funcionários da missão diplomática bilateral da Rússia.
“Essas ações têm como objetivo responsabilizar a Rússia por suas ações imprudentes”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken*, culpando as intrusões cibernéticas e as tentativas de interferir nas eleições de 2020 nos EUA por parte do governo russo. “Agiremos com firmeza em resposta às ações russas que causem danos a nós ou a nossos aliados e parceiros.”
Blinken também expressou preocupação com a saúde e o tratamento do líder da oposição russa, Aleksey Navalny, e pediu sua libertação incondicional.
All available evidence points to Russia’s responsibility for the #SolarWinds hack.
⁰#Russia continues to demonstrate a pattern of destabilising behaviour, and all #NATO Allies stand in solidarity with the U.S. following its announcement today.Statement:https://t.co/gphu8MhOb5 pic.twitter.com/azQBoRN8R1
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) April 15, 2021
Tuíte:
Jens Stoltenberg:
Todas os indícios disponíveis apontam para a responsabilidade da Rússia pelo hack da provedora [de software de gerenciamento de infraestrutura de TI] SolarWinds. A Rússia continua a demonstrar um padrão de comportamento desestabilizador, e todos os aliados da Otan se solidarizam com os EUA após seu anúncio hoje. #SolarWinds #Russia #NATO @jensstoltenberg
Declaração: https://nato.int/cps/en/natohq/official_texts_183168.htm
As sanções do Tesouro têm como alvo 16 pessoas jurídicas e 16 pessoas físicas que tentaram interferir nas eleições de 2020 nos EUA sob a direção do governo russo.
O Tesouro também designou seis empresas de tecnologia que forneceram pesquisa e desenvolvimento ou suporte material para as atividades cibernéticas malignas do serviço de inteligência russo.
Em 15 de abril, os Estados Unidos nomearam formalmente o serviço de inteligência estrangeira da Rússia, conhecido como SVR, como o autor do acordo SolarWinds, parte de uma campanha de espionagem cibernética com potencial para interromper mais de 16 mil sistemas de computação em todo o mundo.
Como parte das ações do dia, a Agência de Segurança Nacional, a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, e o FBI emitiram um comunicado de segurança cibernética que fornece detalhes específicos para auxiliar na identificação e na resposta à atividade cibernética mal-intencionada do SVR.
O Departamento de Estado também anunciou programas com o intuito de capacitar parceiros internacionais visando responder a incidentes cibernéticos, parte de uma estratégia para promover a segurança cibernética em todo o mundo.
Vários países, bem como a União Europeia e a Otan, emitiram declarações apoiando as ações dos EUA que visam responsabilizar os líderes da Rússia pelo hack da SolarWinds.
“A Rússia continua a demonstrar um padrão sustentado de comportamento desestabilizador”, disse a Otan em seu comunicado de 15 de abril**. “Somos solidários com os Estados Unidos.”
* site em inglês
** site em inglês e outros três idiomas