Nações clamam por democracia e condenam a violência na Birmânia

Grande multidão reunida em uma rua (© AP Images)
Os Estados Unidos e outras nações democráticas estão exigindo a restauração da democracia na Birmânia e exortando os militares a respeitar os direitos humanos de manifestantes como estes vistos aqui em Mandalay, Birmânia, em 22 de fevereiro (© AP Images)

Em 1º de fevereiro, oficiais militares birmaneses derrubaram o governo democraticamente eleito de seu país. Eles prenderam autoridades, jornalistas e outros líderes da sociedade. Também dispararam balas de borracha e munição real contra manifestantes, matando quatro e ferindo pelo menos 40 outros.

Os Estados Unidos e um número crescente de nações estão pedindo o retorno da democracia na Birmânia e o fim da violência militar contra manifestantes pacíficos.

“Condenamos firmemente a violência cometida pelas forças de segurança de Mianmar contra protestos pacíficos”, disse o Grupo dos Sete (G7)*, que reúne os sete países mais ricos do mundo, através de um comunicado de 23 de fevereiro. Eles exigiram a libertação dos líderes democraticamente eleitos de Mianmar e prometeram que os líderes de suas nações “continuarão a apoiar o povo de Mianmar em sua busca por democracia e liberdade”.

Os países do G7 são Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido. O alto representante da União Europeia também aderiu à declaração.

Mulheres usando jalecos e máscaras seguram cartazes com mensagens sobre a proteção da democracia (© AP Images)
Profissionais de saúde do Hospital Universitário protestam contra o golpe militar de 5 de fevereiro em Rangoon, Birmânia (© AP Images)

Em 18 de fevereiro, o secretário de Estado, Antony Blinken, também instou a comunidade internacional a enviar uma mensagem unificada visando promover a prestação de contas na Birmânia.

Blinken se juntou aos ministros do Diálogo Quadrilateral (Quad) ao ressaltar “a necessidade urgente de restaurar o governo democraticamente eleito na Birmânia”, informou o Departamento de Estado. O Quad consiste em Estados Unidos, Índia, Japão e Austrália, e apoia uma região do Indo-Pacífico livre e aberta.

Os Estados Unidos, o Reino Unido e o Canadá impuseram sanções a oficiais militares birmaneses a fim de censurar e isolar financeiramente os responsáveis ​​pelo golpe e pressionar o regime militar.

Tuíte:
Secretário Antony Blinken: Os Estados Unidos continuarão a tomar medidas firmes contra aqueles que cometem violência contra o povo da Birmânia, enquanto os EUA exigem a restauração do governo democraticamente eleito da Birmânia. Estamos com o povo da Birmânia. @SecBlinken

Em 11 de fevereiro, o Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções a dez atuais ou ex-funcionários birmaneses* afiliados ao regime militar ou responsáveis ​​pelo golpe. Designou dois membros adicionais do Conselho Administrativo do Estado em 22 de fevereiro, em resposta à violência contra os manifestantes. Os Estados Unidos ajustam cuidadosamente as sanções contra oficiais militares para que não prejudiquem o povo da Birmânia ou sua economia.

“Os Estados Unidos continuarão a trabalhar com uma ampla coalizão de parceiros internacionais com o objetivo de promover a prestação de contas por parte dos líderes do golpe e dos responsáveis ​​por essa violência”, disse Blinken. “Não vamos hesitar em nosso apoio ao povo da Birmânia.”

* site em inglês