Nações europeias reprimem o Hezbollah financiado pelo Irã

Homens em uniformes camuflados carregando bandeiras amarelas (© Anwar Amro/AFP/Getty Images)
Desfile de membros do Hezbollah em um subúrbio de Beirute em maio de 2019 (© Anwar Amro/AFP/Getty Images)

Nações europeias estão cada vez mais reconhecendo a ameaça do Hezbollah e impedindo que o grupo terrorista financiado pelo Irã arrecade fundos ou conduza outras atividades dentro de suas fronteiras.

O secretário de Estado dos EUA, Michael R. Pompeo, enalteceu a iniciativa da Estônia de 22 de outubro de proibir a entrada no país de membros e afiliados do Hezbollah. A Estônia se junta a uma série de nações que se recusam a fazer a distinção entre os braços políticos e militares do grupo terrorista.

“A ação decisiva da Estônia reconhece que o Hezbollah é uma organização terrorista em sua totalidade e representa uma ameaça na Europa e em outros lugares”, disse Pompeo. “Instamos todos os países a adotar quaisquer medidas possíveis para impedir que agentes, recrutadores e financiadores do Hezbollah atuem em seus territórios.”

Os Estados Unidos designaram o Hezbollah como organização terrorista estrangeira em 1997, tornando um crime fornecer suporte material ao grupo e congelando seus bens em instituições financeiras dos EUA.

Autoridades dos EUA continuam a tomar medidas para impedir que o grupo acesse fundos e trame ataques, e estão incentivando outras nações a tomar medidas semelhantes.

Tuíte:
Secretário Pompeo: A Estônia
deu um passo importante contra o grupo terrorista Hezbollah, financiado pelo Irã, ao proibir seus terroristas de entrar em território estoniano. Instamos nossos parceiros europeus a seguir o exemplo da Estônia e impedir que o Hezbollah atue na Europa. @SecPompeo

A proibição de entrada no país de 22 de outubro por parte da Estônia imposta a afiliados do Hezbollah ocorre após Alemanha, Lituânia e Sérvia assumirem compromissos semelhantes.

  • Em 13 de agosto, a Lituânia proibiu que qualquer pessoa afiliada ao Hezbollah entrasse no país por dez anos.
  • Em 30 de abril, a Alemanha proibiu todas as atividades do Hezbollah dentro do país, reforçando uma classificação anterior de apenas a ala militar do Hezbollah como um grupo terrorista, de acordo com o New York Times.
  • Em setembro, a Sérvia declarou que iria designar todo o Hezbollah como grupo terrorista.

Essas recentes medidas refletem um crescente consenso mundial sobre os riscos impostos pelas atividades políticas e militares do Hezbollah. Em outubro, a Guatemala designou o Hezbollah como grupo terrorista em sua totalidade, limitando sua habilidade de arrecadar fundos no Continente Americano.

Argentina, Colômbia, Honduras, Kosovo e Reino Unido também anunciaram novas ou ampliadas designações terroristas do Hezbollah nos últimos 18 meses.

Enquanto isso, os Estados Unidos continuam a exercer pressão sobre líderes do Hezbollah e seus apoiadores financeiros do regime iraniano. Em 22 de outubro, o Departamento do Tesouro dos EUA aplicou sanções a dois membros do Conselho Central do Hezbollah, responsável por eleger membros do Conselho Shura, que supervisiona todas as atividades do Hezbollah, incluindo terrorismo.

Como parte da oferta em vigor do programa Recompensa por Justiça de até US$ 10 milhões por informações que ajudarão a interromper as atividades ou finanças do Hezbollah, o Departamento de Estado dos EUA, em 23 de outubro, acrescentou os nomes de mais três pessoas físicas à sua lista de financiadores e facilitadores do Hezbollah.

Muhammad Qasir atua como ligação entre o Hezbollah e o regime do Irã. Muhammad Qasim al-Bazzal é um financiador-chave tanto do Hezbollah como da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã–Força Quds. E Ali Qasir dirige a empresa de fachada Grupo Talaqi, ligada ao Hezbollah, e coordena as remessas para o Hezbollah.

Criado em 1984, o programa Recompensa por Justiça já pagou mais de US$ 150 milhões para mais de cem pessoas por informações que impediram atos terroristas ou ajudaram a levar terroristas à justiça.