Os estudantes que planejam estudar nos Estados Unidos não deveriam ignorar as faculdades e universidades historicamente negras (HBCUs – sigla em inglês). As HBCUs de hoje recebem estudantes de todas as raças e nacionalidades, e algumas não mais possuem uma maioria afro-americana.

E um crescente número de estudantes internacionais é atraído pelo compromisso com a justiça social das HBCUs e o papel importante que essas instituições desempenharam na história dos EUA.

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A maioria das HBCUs está localizada em estados com passado escravista no sudeste dos EUA. Algumas foram fundadas no período anterior à Guerra Civil dos EUA, mas a maioria foi estabelecida posteriormente, a fim de melhorar o acesso dos cidadãos negros à educação.

Instituições como a Universidade Lincoln, a Universidade Howard, a Faculdade Morehouse e a Faculdade Spelman, dentre outras, surgiram como centros da vida intelectual negra nos Estados Unidos. Elas capacitaram gerações de médicos, advogados, engenheiros, artistas, religiosos e outros profissionais afro-americanos.

Os estudantes nas HBCUs eram ativos em protestos passivos, marchas e demonstrações para protestar contra as desigualdades com base em raça, ajudando a desencadear o movimento pelos direitos civis nos EUA.

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Nos últimos anos, muitas HBCUs têm expandido sua diversidade estudantil, aceitando alunos de diferentes origens étnicas e raciais, e algumas instituições agora recrutam estudantes internacionais. Programas na Faculdade Spelman de Atlanta e na Universidade Howard em Washington estão entre aqueles que visam atrair estudantes internacionais.

E um programa conjunto entre os EUA e o Brasil tem enviado estudantes brasileiros para diversas faculdades e universidades historicamente negras desde 2013.

Muitas HBCUs valorizam as perspectivas internacionais em sala de aula. Os estudantes americanos valorizam a presença de seus novos colegas de classe. Uma educação global, em seu entendimento, prepara esses estudantes para carreiras que podem levá-los a países e culturas muito diferentes das que possuem.

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As HBCUs mais ágeis trabalham arduamente para criar ambientes propícios para os estudantes internacionais. Um exemplo:

Na Universidade Estadual de Norfolk em Norfolk, na Virgínia, o Departamento de Enfermagem desenvolveu um programa para tratar dos desafios linguísticos, sociais e acadêmicos dos alunos estrangeiros. Resultado: melhor satisfação e desempenho dos alunos.

Outras HBCUs estão projetando programas semelhantes, na esperança de atrair estudantes ambiciosos como Diego Buitrago-Gutierrez, da Colômbia.

Buitrago-Gutierrez obteve um mestrado em Engenharia Civil na Universidade Howard em 2015.

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“Eu comecei a ler sobre a Universidade Howard, e percebi a importância desta universidade na história dos EUA”, lembra ele. Ele decidiu se candidatar e a sua educação no nível de pós-graduação agora o prepara para um futuro brilhante.

“Vou abrir a minha própria empresa na América Latina”, disse ele. “Minha ideia é oferecer soluções para proteger a infraestrutura contra terremotos”, especialmente em países sujeitos a terremotos como a Colômbia, o Peru e o Chile. “Quero aplicar o conhecimento e a experiência que obtive na Howard e compartilhar isso com a comunidade.”

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