Ngozi Okonjo-Iweala faz história como nova chefe da OMC

Ngozi Okonjo-Iweala discursa ao lado de uma escultura de gelo representando peixes enquanto um homem observa (© Fabrice Coffrini/AFP/Getty Images)
A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala, à direita, discursa ao lado de uma escultura de gelo. Em sua fala, Ngozi chama a atenção para a sobrepesca no dia 1º de março, seu primeiro dia de mandato, em Genebra (© Fabrice Coffrini/AFP/Getty Images)

Ngozi Okonjo-Iweala fez história este mês como primeira mulher e primeira africana a servir como diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Ser a primeira mulher e a primeira africana significa que é preciso mostrar resultados”, disse ela em declaração em 15 de fevereiro. “Eu assumo o comando da OMC em uma época de grande incerteza; [ainda] não é possível voltar à normalidade na OMC.”

A OMC, composta por 164 membros, fornece um fórum para negociar novas regras comerciais, monitorar o cumprimento de acordos existentes e resolver conflitos.

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Ngozi Okonjo-Iweala: Está feito! Obrigado, membros da OMC, por finalizar minha eleição hoje e fazer história. Nos 73 anos do [acordo] Gatt e da OMC, tive a honra de ser a primeira mulher e a primeira africana a liderar. Mas agora começa o verdadeiro trabalho. Estou pronta para enfrentar os desafios da OMC. Esqueçamos a [antiga] normalidade! @NOIweala @WTO

“Uma OMC forte é vital se quisermos nos recuperar plena e rapidamente da devastação causada pela pandemia da Covid-19”, disse Ngozi em um comunicado. “Estou ansiosa para trabalhar com os membros (…) a fim de fazer a economia global funcionar novamente.”

Nascida na Nigéria, Ngozi é bacharel em Economia pela Universidade de Harvard e doutora em Economia e Desenvolvimento Regional pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Antes de liderar a OMC, Ngozi serviu duas vezes como ministra da Fazenda da Nigéria. Ela também serviu como diretora-gerente do Banco Mundial e, mais recentemente, presidiu a Gavi, Aliança Global para Vacinas e Imunização. Os membros da OMC concordaram, por consenso, em nomeá-la diretora-geral em 15 de fevereiro. Ela assumiu o cargo em 1º de março.

“O comércio tem a ver com pessoas”, disse Ngozi. A questão é a seguinte: “Como podemos trazer aqueles que foram excluídos ou marginalizados — como mulheres, como proprietárias de micro, médias e pequenas empresas — para a corrente dominante? ”