Normas rígidas do Exército dos EUA permitem a liberdade religiosa

De pé, soldado barbudo com turbante olha para o céu ao lado de soldados de cara raspada com quepes militares (© Mark Wilson/Sique Coalition)
Kanwar Singh, um sique, reza silenciosamente antes de sua cerimônia de comissionamento a bordo do navio USS Constitution em agosto de 2018 (© Mark Wilson/Sikh Coalition)

À medida que as Forças Armadas dos EUA se tornam mais diversificadas, suas normas e regulamentos estão se expandindo para refletir o compromisso dos Estados Unidos com a liberdade religiosa.

Kanwar Singh, sique devoto, tentou se alistar no Exército dos EUA em 2014. Seguindo os preceitos de sua religião, ele queria manter a barba e usar um turbante. Na época, o Exército fez adaptações com base em práticas religiosas, caso a caso.

Singh saiu da Índia rumo aos Estados Unidos em 2007. Ele frequentou a Universidade de Harvard, trabalhou em serviços financeiros e obteve uma comissão com a Guarda Nacional.

Embora tenha levado dois anos, o Exército deu a Singh uma acomodação religiosa provisória para participar do treinamento de combate básico em 2016.

O Exército emitiu uma nova diretiva em 2017 que permite que siques e membros de outras comunidades religiosas adiram a seus artigos de fé enquanto estiverem uniformizados.

A isenção de Singh se tornou permanente, permitindo que ele usasse um turbante durante o serviço ao longo de sua carreira. Ele tinha barba cheia e usava um turbante preto quando fez o juramento de serviço para oficiais comissionados em 2018.

“Hoje, existem centenas, senão milhares, de patriotas americanos siques, judeus, muçulmanos, cristãos e militares de outras religiões que agora têm acomodações religiosas”, disse Singh.

Homem barbudo com uniforme do Exército se olha no espelho enquanto enrola um turbante na cabeça em um banheiro (Exército dos EUA)
Simranpreet Singh Lamba coloca seu dastar, turbante sique. Lamba foi um dos primeiros soldados a receber acomodação para vestir trajes religiosos (Exército dos EUA)

Simranpreet Singh Lamba, outro membro da comunidade sique que se alistou no Exército, foi um dos primeiros a receber a acomodação para práticas religiosas em 2010.

Os regulamentos anteriores exigiam que o efetivo militar tivesse a barba raspada e não usasse nenhum acessório para a cabeça, exceto roupas de serviço. Os siques consideram o cabelo uma extensão do corpo. Cabelo sem corte é um sinal de fé em Deus, e turbantes devem ser usados ​​o tempo todo.

“As crenças siques são serviços abnegados, retribuindo e ajudando os outros”, disse Singh. “E sinto que eles estão muito alinhados não apenas com os valores americanos, mas até mesmo com os valores do nosso Exército.”