
O ucraniano Oleksii Geiko quer que o mundo saiba que seu país está trabalhando arduamente para romper com a corrupção sistêmica do passado. Por integrar a vasta equipe de investigadores que prende personalidades do governo suspeitas de corrupção e congela seus bens, ele faz parte da mudança.
Recentes prisões por ordem judicial de autoridades corruptas indicam um fim à tolerância à corrupção. Em 2014, a ONG Transparência Internacional* classificou a Ucrânia entre os países com pior desempenho — 142 de 175 — em termos de corrupção observada em seu setor público. (Apenas 4% dos ucranianos acreditavam que seu governo era eficaz no combate à corrupção.)
Geiko, que mora em Kiev e tem formação em investigação, trabalha no Bureau Nacional de Combate à Corrupção** da Ucrânia, determinou há um ano a investigação da suposta má conduta por parte de autoridades. Ele e seus colegas, que foram selecionados por meio de um processo competitivo, não são o único sinal de que a Ucrânia é séria com relação ao combate à corrupção. A criação do bureau foi acompanhada por numerosas outras reformas durante o último ano, incluindo estas:
- Uma nova força de patrulha policial*** formada por novos recrutas treinados em técnicas de aplicação da lei estilo ocidental.
- Uma exigência de que toda a propriedade seja registrada on-line.
- Uma exigência de que todos os contratos governamentais sejam tornados públicos por meio de uma base de dados de aquisição on-line.

Vários investigadores do Bureau Nacional de Combate à Corrupção viajaram aos Estados Unidos em dezembro de 2015 para participar de um programa de três semanas sobre novas abordagens relacionadas a seu trabalho. Os ucranianos aprenderam métodos práticos para detectar, investigar e reprimir a corrupção. Eles se reuniram com jornalistas dos EUA para discutir o papel da mídia para desvendar a corrupção. Investigadores e promotores públicos do governo de todos os EUA conversaram com eles sobre o uso de entrevistas e auditorias internas para conter a corrupção e conduzir investigações para coletar evidências antes de uma prisão.
O treinamento, juntamente com a estrutura legislativa que a Ucrânia implementou recentemente que proporciona aos investigadores melhores ferramentas, dá autonomia ao bureau de Geiko para trabalhar visando eliminar a corrupção.
“Estou fazendo todo o possível para ajudar a acelerar o ritmo dessas reformas e garantir que os resultados sejam visíveis”, disse Fedir Oliinyk, outro investigador ucraniano. Ele afirmou que ele não vê a hora de colocar em prática na Ucrânia as novas táticas que aprendeu nos EUA.
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