
O padre Raul Zamora deu abrigo a 150 estudantes na Igreja da Divina Misericórdia em Manágua no início deste mês, enquanto policiais e tropas da Nicarágua atiravam contra a igreja por 16 horas. Dois estudantes foram mortos e a igreja destruída.
“O papel da igreja é ficar com aqueles que sofrem”, disse Zamora. Ele disse que as autoridades nicaraguenses veem a Igreja Católica como um inimigo porque a igreja apoia os estudantes que estão protestando contra as políticas do presidente Daniel Ortega.
Zamora é um dos sobreviventes da perseguição religiosa por parte de nações ao redor do mundo que estão participando de uma conferência ministerial com três dias de duração sobre liberdade religiosa, evento patrocinado pelo Departamento de Estado. Eles se juntam a líderes governamentais e religiosos, defensores dos direitos e da sociedade civil a fim de identificar meios concretos de combater a perseguição e a discriminação, e garantir um maior respeito pela liberdade religiosa para todos.

“Os Estados Unidos não ficarão assistindo como um espectador”, disse o secretário de Estado, Mike Pompeo, ao anunciar a conferência. “Vamos entrar no ringue e nos solidarizar com cada pessoa que busca desfrutar de seus direitos humanos mais fundamentais.”
Irene Weiss tinha 13 anos de idade em 1944 e faz parte do grupo de 425 mil judeus deportados durante um período de dois meses da Hungria para Auschwitz-Birkenau. Dos oito filhos da família de Weiss, apenas ela e sua irmã mais velha não foram mortas no campo de concentração. As duas irmãs foram transferidas para outro campo do qual seus captores acabaram fugindo enquanto as tropas soviéticas se aproximavam. Ela e sua irmã imigraram para Nova York em 1947.
Irene disse que aqueles que perseguem as pessoas com base em religião “deixam de entender a ideia de que um Deus pode ouvir muitos tipos de orações. Eu não aceitaria um Deus tão mesquinho a ponto de discriminar a minha religião, a religião hindu e a religião muçulmana”.
Outros sobreviventes que compartilharam suas histórias incluem Marziyeh Amirizadeh e Maryam Rostampour, que foram presas por serem cristãs. A desertora norte-coreana Ji Hyeon-A foi detida e torturada por possuir uma pequena Bíblia que sua mãe havia lhe dado.
O pastor Nguyen Cong Chinh é um ministro luterano que passou anos em uma prisão vietnamita sob a acusação de minar a solidariedade nacional por praticar sua religião. Mesmo antes da prisão, ele e sua família foram submetidos a espancamentos e sua casa foi destruída por causa da religião que praticavam.
“O governo de cada nação tem a responsabilidade de proteger e defender a liberdade religiosa”, disse Chinh, por meio de um tradutor. “A liberdade religiosa é uma necessidade que a humanidade sente. Sem a verdadeira liberdade religiosa, este mundo se tornará um lugar sem ordem ou harmonia.”
#ReligiousFreedom is a fundamental human right & a top priority for the Trump Administration. This week I’m incredibly proud to host @VP & over 80 delegations from around the globe at the first-ever #IRFministerial @StateDept to advance religious freedom. https://t.co/pTJ3B0U1fN
— Secretary Pompeo (@SecPompeo) July 24, 2018
Secretário Pompeo: A liberdade religiosa é um direito humano fundamental e uma prioridade para o governo Trump. Nesta semana, estou incrivelmente orgulhoso de receber o vice-presidente e mais de 80 delegações de todo o mundo na primeira Conferência Ministerial para o Avanço da Liberdade Religiosa Internacional com o objetivo de promover a liberdade religiosa.
@SecPompeo #ReligiousFreedom @VP #IRFministerial @StateDept
https://www.state.gov/j/drl/irf/religiousfreedom/index.htm …